De maneira geral e erradamente o senso comum divide a ciência em aplicada e pura. Isso atrapalha muito.
Podemos dividir a ciência em duas, conforme o tipo de problema que ela se dedica: problemas da sobrevivência e da existência.
Os da sobrevivência são aqueles ligados diretamente à qualidade de vida do sapiens. Não são aplicados, mas que ajudam a viver melhor.
Para resolver problemas de sobrevivência temos um aspecto filosófico/teórico e outro metodológico/operacional.
Não são puros e nem aplicados, fazem parte do estudo necessário de qualquer problema.
O outro tipo de ciência é o da existência. Não são ligados a problemas de sobrevivência, mas de curiosidade do ser humano.
Não quer dizer que problemas de existência em algum momento não possam ajudar os da sobrevivência e vice-versa.
Mas o estudo dos dinossauros, claramente da Ciência da Existência, não tem uma metodologia que será aplicada na sociedade hoje.
Pode haver métodos para certificar determinado tipo de constatação, mas é bem diferente de um estudo de energia solar, que é da Ciência da Sobrevivência.
Quanto mais um país vai gerando prosperidade, baseando-nos na famosa pirâmide de Maslow, mais haverá a tendência de se dedicar às Ciências da Existência.
Teoricamente, o oposto deveria ser válido. Países como o Brasil deveria priorizar fortemente as Ciências da Sobrevivência para resolver problemas de qualidade de vida.
Acredito que a divisão Sobrevivência/Existência ajuda bastante a enxergar o problema de forma diferente e direcionar para aquilo que importa em cada situação.
É isso, que dizes?
O canal de vaso comunicante entre as duas ciências é baseada em uma palavra: “porquê”. Na 2a. Guerra mundial os prisioneiros que eram mais resilientes (sobrevivência) são os que tem mais desejo e psiqué forte no existir. Os da ala do zecapagodismo perecem.
Lawrence.