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Tenho trabalhado com uma Plataforma de Cursos que trabalha no conceito de Gestoria.

Explico.

Na Gestão, o comando central controla tudo: pessoas, acervo e qualidade de produtos e serviços.

Na Curadoria, o comando central controla o algorítimo que define as regras pelas quais a comunidade de consumo vai se auto-gerenciar.

Na Gestoria, temos o seguinte embolamento: pode-se incluir algo no acerto, mas o comando central tem que aprovar.

Na Gestoria, temos um administrador com o pé em duas civilizações diferentes: de manhã ele é o gestor-lobo e de tarde o curador-formiga.

O problema da Gestoria é a impossibilidade quantitativa de gerenciamento.

Na Gestoria, há um problema de gerenciamento de complexidade exponencial que o gestor-lobo não consegue resolver a contento.

Inevitavelmente, na Gestoria vamos ter um problema de “fila”: vai se ter cada vez mais coisas para o gestor-lobo aprovar do que consegue dar conta.

Por isso, os projetos de Curadoria que funcionam são exatamente aqueles que adotaram a filosofia das formigas: auto-gerenciamento, via algoritmos.

Projetos de Gestoria precisam de um tipo de hipnose repetida todo dia: “você não é mais lobo, agora é a vez das formigas”.

É isso, que dizes?

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“Nepô, quero ser bimodal!”

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