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Um termo fundamental no livro “Economia Compartilhada” de Arun  Sundararajan é o de Ferramentas de Confiança.

Digamos que as mudanças de mídia têm a principal função, do ponto de vista da sobrevivência, de estabelecer as bases do Modelo das Trocas (informacionais e comerciais).

As novas mídias têm a função social de permitir a alteração do Modelo Coletivo de Confiança.

O ser humano precisa para sobreviver trocar com pessoas conhecidas e desconhecidas e para isso precisa confiar.

A Confiança Coletiva é regulada pelas Tecnologias Midiáticas existentes.

O que aprendemos aqui na nossa jornada é de que há uma relação entre confiança, mídia, demografia e modelo de administração.

Vejamos.

Quando aumentamos a população vamos ampliando o espaço de moradia do sapiens e, ao mesmo tempo, a Taxa de Desconhecimento entre Pessoas.

O aumento da Taxa de Desconhecimento vai, gradualmente, reduzindo a Taxa de Confiança Coletiva.

O Macro Modelo de Confiança Coletiva, que era baseada nas mídias de plantão, passa a ficar obsoleto e é preciso criar outro modelo.

Podemos dizer que já tivemos:

  • O Macro Modelo de Confiança Coletiva Oral em pequenas aldeias ou cidades;
  • O Macro Modelo de Confiança Coletiva Oral e Escrito em territórias maiores;
  • E hoje estamos criando o Macro Modelo de Confiança Coletiva Digital.

O que permite a criação da nova e disruptiva Civilização 2.0 é o aumento radical da Taxa de Confiança Coletiva, via estrelinhas.

O novo Macro Modelo de Confiança Coletiva Digital permite, pela primeira vez, uma auto-regulação da Confiança Coletiva radicalmente mais descentralizada.

Quando aumentamos a população no século passado e não havia novas Ferramentas de Confiança Confiança entre os desconhecidos houve o surgimento de organizações centralizadoras.

As hipermarcas no século passado passaram a ser a possibilidade do Consumo de Massa nos cada vez maiores aglomerados de desconhecidos.

O que vimos no século passado foi uma radical centralização no mercado por falta de novas Tecnologias de Confiança Coletivas mais compatíveis com a nova Complexidade Demográfica.

Tivemos no século passado uma radical centralização no mercado por falta de Novas Tecnologias de Confiança.

Em resumo:

Só é possível compartilhar com quem confia. E só é possível confiar em desconhecidos se há Ferramentas de Confiança que permitam que isso ocorra a distância.

O Digital com a Linguagem dos Rastros (que podemos passar a chamar de Tecnologias de Confiança) permite o aumento de forma exponencial a Taxa de Confiança entre os Desconhecidos.

E é essa a grande novidade da Civilização 2.0: desconhecidos passaram a trocar, de forma exponencial, entre si por que agora passaram a confiar um nos outros.

Sem as novas Ferramentas de Confiança isso não seria possível.

É isso, que dizes?

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