Tenho dito que vivemos hoje, antes de qualquer coisa, uma crise de narrativas.
O que Tio Kuhn chamou de momento de anomalia, da demanda por ciência extraordinária.
É fato: a forma como pensamos o mundo tem defeitos que precisam ser revistos antes de qualquer coisas.
Não podemos olhar para os novos fatos com as velhas lentes.
Os acontecimentos que estamos assistindo não foram prognosticados e não têm explicações razoáveis – é preciso ajustar os novos fatos a novas narrativas.
Assim, quando pensamos as cidades, surge logo o chamado Digitalês Castiço, como fraco conceito das tais Cidades Inteligentes.
Quando você cria um conceito é preciso algumas coisas:
- que tenha a maior taxa possível de auto-explicação;
- que seja um contra-ponto a um outro conceito;
- para que não dê margem a diferentes interpretações.
Cidade Inteligente me parece um conceito fraco, ruim.
Cidade Inteligente é conceito amplo o suficiente, para que você possa usar da maneira que você quiser – típico conceitos de crises de narrativas.
Conceitos abertos e generalistas, no fundo, escondem uma falta de diagnóstico e prognóstico.
Prefiro, assim, no lugar de Cidades Inteligentes o conceito mais preciso: Cidades Uberizadas, pois:
- aponta um diagnóstico e prognóstico de como podemos resolver determinados desafios;
- não dá margem para dúvida do que estamos falando;
- faz o contra-ponto com cidades não uberizadas.
Cidade Uberizada deixa claro a proposta de praticar novo modelo de comando e controle, através de plataformas de Curadoria, aumentando o poder de decisão dos cidadãos.
Num papo mais a acadêmico, para plateias mais exigentes, podemos usar o conceito Cidades Curadoras ao invés de Cidades Uberizadas.
É isso, que dizes?
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