Podemos definir “agro” assim: setor responsável por produzir alimentos para a sociedade.
Se formos falar de futuro, um primeiro ponto que não posso deixar de tocar é para a possibilidade de uma mudança disruptiva na própria demanda.
A invenção de algo que consiga alimentar pessoas, que não seja proveniente diretamente da terra.
Já brinquei em palestras na mutação humana do ser humano de se alimentar de luz solar. Ou uma mudança qualquer que promova uma mutação na demanda humana de se alimentar.
Como Futurista, tenho obrigação de chamar a atenção que isso pode ser possível e isso pode ser uma linha de inovação, que pode resolver o problema de muita gente.
O que quebraria completamente a narrativa que o planeta pode não ter recursos para tantos sapiens.
Porém, digamos que isso é muita loucura e viagem e vamos trabalhar com o sapiens atual, com as demandas alimentares atuais. O que temos na sociedade que pode afetar o futuro do agronegócio?
É importante dizer que setor é diretamente ligado ao aumento populacional, sem ele não haveria a explosão que tivemos e sem ele não continuaremos aqui.
Ponto.
Ou seja, foi a inovação no Agro no último século, que permitiu o salto demográfico de um para sete bilhões de habitantes em 200 anos e no Brasil de 30 para 210 milhões de habitantes em apenas 100 anos.
Hoje, diariamente, o Agro é responsável por produzir 21 bilhões de pratos de comida ao dia!
Diferente da área de serviços intangível que pode digitalizar coisas, (informação, conhecimento), o agronegócio, como outro setores de bens tangíveis, não pode digitalizar nada.
Não se pode – ainda – imprimir dois quilos de arroz ou de feijão.
É preciso que alguém plante, que se colha, ensaque, coloque num caminhão, chegue a um mercado e deste para a panela do consumidor – mais tangibilidade é impossível.
Temos discutido aqui na Escola dois momentos da sociedade:
- A digitalização – que é a passagem do suporte oral e papel para o digital, via computadores, celulares, aplicativos, etc – o que tem um campo enorme;
- A curadorização (ou uberização) – que é o surgimento de outro modelo de comando e controle, com a interação intensa e mais direta entre fornecedores e consumidores.
A área de digitalização é a mais visível e há muito que precisa ser feito, porém o que podemos trazer novidades é sobre a Curadorização.
Curadorar significa criar grandes plataformas – em que uma equipe de administradores cuida de algoritmos para que fornecedores e consumidores interajam entre si.
- Na área de trocas – o Mercado Livre tem feito bastante isso na área de produtos de todos os tipos, mas não de Agro – uma tendência;
- Na área de serviços correlatos – podemos imaginar a uberização de pessoas, equipamentos e processos de todos os tipos, tal como no mercado do aluguem de tratores (vide Alluagro);
- E também a distribuição de produção de alimentos em grandes cidades, com uma espécie de Airbnb de plantações em apartamentos, condomínios, casas, terrenos baldios.
De maneira geral, a grande macrotendência que vemos na sociedade é a descentralização das decisões e da produção e isso terá impactos no Agro.
É um tema aberto e estamos iniciando os debates sobre ele aqui na Escola.
É isso, que dizes?
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Um dos meus alunos me disse seguinte: