Ouvindo este programa:
Lá pelas tantas Willian Waack fala que acha engraçado quem diz que vamos para um mundo melhor e Pondé cai na gargalhada, concordando.
E eu te pergunto: o que é um mundo melhor?
Vamos ao termo: “melhor: que é superior ao que lhe é comparado. “
Assim, para se definir se algo é melhor ou pior será preciso:
1- ter critérios de comparação de certas coisas com outras certas coisas;
2- ter critérios objetivos para sair da subjetividade;
3- ter critérios coletivos para sair da individualidade, já que estamos falando em mundo e não em “seu mundo”.
Quando falamos de “Mundo melhor” estamos falando de fenômenos macros, de coletividade, de planeta, de macro fenômenos, certo?
Não estamos falando do mundo melhor dos amigos e nem dos parentes, mas de todas as pessoas, certo?
Podemos, assim, caracterizar macro movimentos do ser humano na terra para comparar o atual momento mundial com outros passados.
O principal – e inegável – fenômeno mais relevante para a nossa análise é o salto demográfico dos últimos 200 anos, como vemos no quadro abaixo:
Tal pico gera o problema da quantidade na velocidade. Se fosse algo em mil anos seria mais fácil, pois teríamos várias gerações, mas são poucas.
Muito do que vemos de falta de condições razoáveis de vida se explica no gráfico acima.
Certamente, com esse pico demográfico podemos dizer que tivemos perda de qualidade de vida para muita gente que nasceu nesse período, certo?
Aumentos demográficos causam redução de qualidade de vida, se pensarmos em todo o planeta.
Há problemas de habitação, alimentação, o que inclui consumo de água, de energia, de transporte, de educação, de lazer, segurança, etc.
Muito mais gente terá dificuldade a ter acesso a estes bens pelo simples fato que precisamos de muito mais de tudo isso em muito pouco tempo, certo?
Assim, tivemos gradativamente nos últimos 200 anos uma perda gradual de qualidade coletiva de vida, justamente por que conseguimos, por uma série de fatores objetivos, ter mais gente no mundo.
O que aprendemos aqui na Escola Bimodal, entretanto, é de que tais crises macro demográficas só começam a ser debeladas quando temos a chegada de Revoluções Midiáticas.
Revoluções Midiáticas vêm promover ajustes sistêmicos entre o tamanho populacional e nosso modelo comunicacional-administrativo.
Se caracterizam pela chegada de novos canais e novas linguagens, que permitem o exponencial aumento de interação entre as pessoas e além disso e por causa disso:
A partir dos canais:
- o aumento da inovação;
- dos negócios laterais;
- da diversidade de opiniões;
- da maturidade do cidadão/consumidor.
Da nova linguagem:
- o surgimento de novos modelos administrativos mais sofisticados, como é o caso da Uberização, nos seus diferentes estágios progressivos.
Podemos, assim, dizer que os problemas causados pelo aumento demográfico – que não tinham mais formas de serem resolvidos no ambiente comunicacional-administrativo antigo passam a ter novas possibilidades no novo.
Novas soluções tecnoculturais para novos problemas.
Sob esse ponto de vista, temos um viés de melhoria da qualidade de vida das pessoas, do ponto de vista objetivo.
Caminhamos, assim, para um mundo melhor daquele que tivemos nos últimos dois séculos, para a população que temos hoje, principalmente para o último, quando a crise se tornou mais aguda.
Obviamente, que a qualidade de vida de uma pessoa que mora num mundo de sete bilhões, numa megalópole, não pode que ser proporcionalmente comparada com outra que vivia numa cidade do interior e pequena num ambiente populacional-midiático-administrativo do tempo dos tataravós.
O melhor como diz o dicionário é sempre algo “superior ao que lhe é comparado” – não perca isso de vista.
É isso, que dizes?
O tema é tratado aqui na nossa formação, de forma específica no módulo abaixo:
Mais detalhes: bimodais.com.br/pro
Veja o depoimento de um dos nossos formandos: