Quando temos macro-mudanças em determinado tempo da sociedade, há necessidade de entendê-las para agir.
O diagnóstico da Era é relevante, pois é dele que sairão as metodologias de adaptação do antigo tempo para o novo.
Ex. Sociedade do conhecimento = gestão do conhecimento.
Muitas vezes, de forma superficial, por diferentes motivos, batizamos a Era sem o devido cuidado, o que implica em diagnóstico falho e tratamento, idem.
Ou defendemos ainda que não há definição ou roteiro possível.
E é preciso “ir tateando”, desistindo do diagnóstico.
O que nos leva, em ambos os casos, a mais custo e menos benefício.
Uma Era só é passível de ser melhor definida, de forma mais reflexiva, se comparada com fatores qualitativamente diferentes de outras.
Sempre questionei, por esta lógica, o diagnóstico da Sociedade do Conhecimento ou da Informação, ambos fatores sempre qualitativamente presentes em outras épocas da história.
A maior quantidade ou maior pseudo-importância que o conhecimento ou a informação têm hoje não são suficientes para definir a Era, pois são relacionais com o aumento populacional.
É preciso, assim, trabalho histórico comparativo para identificar elementos qualitativamente novos, capazes de inaugurar novas Eras.
A definição da nova Era, contudo é antes de tudo, problema filosófico-epistemológico.
Se há mudanças inesperadas, é sintoma claro e evidente de que havia/há equívoco no mapa paradigmático disponível.
Alguns fenômenos macro-relevantes, provocados por forças inauguradores de novas Eras estão mal conceituados.
Ha forças sub-avaliadas, que entraram em movimento e nossos antigos “radares” não conseguem prever as prováveis consequências.
E, por causa disso, a nova Era não foi prevista e, depois de instaurada, não foi bem diagnosticada.
Não é, portanto, a Era que é estranha ou impossível de ser batizada, mas nossos paradigmas que estão equivocados!
Assim, o debate sobre o diagnóstico mais eficaz da nova Era deve se iniciar na filosofia para depois voltar às teorias e destas às metodologias.
Na filosofia, pode se observar, por exemplo, a crise de macro-paradigma estruturante de identidade do Sapiens na conceituação mal formulada da relação que a espécie tem com a demografia, tecnologias, mídias e alterações nos modelos administrativos de sobrevivência.
Só com revisão filosófica-epistemológica deste macro-paradigma, com novas formas de compreensão de como caminhamos na macro-história, podemos definir a nova Era de forma mais eficaz.
E, só então, agir com menor custo e mais benefício.
É isso, que dizes?