No prédio do conhecimento humano vimos que existe na cobertura: a filosofia das filosofias. Ou as Filosofias.
É o topo do que podemos chamar de prédio do conhecimento humano e, dependendo das respostas dadas ali, há modificações em cadeia para baixo nos outros andares- tanto nas filo-teorias e filo-metodologias.
É neste topo que se debatem as questões essenciais das filosofias e, a partir dela, vão se desdobrar as formas de pensar e agir de cada pessoa na sociedade.
Se colocarmos o conhecimento dentro de uma hierarquia existe dentro do “setor filosofias” diferentes andares e salas.
No topo de todas as hierarquias está a Metafísica, na qual discutimos quem é o ser humano? O que fazemos aqui? De onde viemos? Para onde vamos? Como mudamos?
Destes debates, descemos para segundo pavimento, no qual definimos:
- Como devemos agir? (Ética)
- Como podemos conhecer a realidade? Como diferentes forças atuam na sociedade? (Epistemologia, aonde se incluem as filo-teorias)
- E de que forma podemos criar sociedades compatíveis com essa forma de pensar? (Filo-metodologias).
São andares distintos na filosofia.
No topo, a Metafísica influencia os demais.
Se, por acaso, chegar uma nave espacial de outro planeta e disser que somos descendentes daquela espécie.
Isso terá impacto na Cobertura Metafísica, pois vamos ter que reabrir as questões: de ondem viemos, para onde vamos, o que fazemos aqui, como mudamos?
E depois reavaliar o resto.
E, a partir daí, no andar de baixo, o que devemos fazer em nossas vidas, a partir dessa nova perspectiva?
Quando alteramos algo nesse topo sobre o “Quem somos?” estamos falando de Macro-Metafísica, pois é o topo do topo do pensamento humano, algo que afeta tudo que vem depois para baixo.
Macro-metafísicas criam Macro-Paradigmas Filosóficos, que se desdobram nas outras Filosofias, nas Filo-Teorias e Filo-Metodologias.
A Metafísica, por causa disso, é sala filosófica restrita, com escada íngreme, fechada, na qual só entra gênio, pois é preciso trazer novidade REALMENTE RELEVANTE para que possamos chamar de Macro-Metafísica, que gera novo Macro-Paradigma.
Macro-Paradigmas são, assim, paradigmas mais gerais, que não afetam a Metafísica, que é a “mãe” de todos as filosofias e o que vem abaixo dela.
Não é uma mudança de campo do conhecimento específico, mas dos alicerces do conhecimento do ser humano sobre ele mesmo.
A Macro-Metafísica e as mudanças de Macro-Paradigmas podem ser exemplificados pelas mudanças na forma como nos vemos no espelho.
Apresento duas mudanças de alteração de Macro-Paradigmas:
- Darwin – somos espécie mutacional e não fixa;
- Galileu – não somos o centro do universo.
Debates Macro-Metafísicos são, assim, raros, ainda mais que permitam ser aceitos como razoáveis e criar novos Macro-Paradigmas.
Vivemos hoje um desafio nessa direção, pois McLuhan entrou nessa sala, reivindicado a mudança do atual Macro-Paradigma, propondo um debate Macro-Metafísico.
A meu ver, chave para podermos começar a pensar e agir melhor no novo milênio.
É isso, que dizes?