McLuhan resolveu abrir debate Macro-Metafísico, ao defender que somos Tecnoespécie e Tecno-midiáticos, que temos um Tecno-Cérebro, vivemos numa Tecno-Sociedade e produzimos Tecno-Cultura.
Você pode não concordar com nada disso, mas demorei 11 anos para entender aonde é o debate adequado dessas questões: na sala Metafísica, nas questões Macro-Metafísicas, do “Quem somos?”.
Não se está discutindo o conteúdo, mas a forma: se vamos levar isso a sério é lá que se deve fazer essa discussão.
McLuhan defende um novo Macro-Paradigma para a espécie, que, se aceito por alguém, implica em revisão dos outros campos da filosofia e em todas as filo-teorias e filo-metodologias do Sapiens.
McLuhan jogou, assim, “bomba de nêutron Metafísica”, que, a meu ver, só com ela vamos entender, de forma mais reflexiva e menos emocional, o novo milênio.
McLuhan, entretanto, para ser assimilado tem um alto preço. Propõe uma mudança nos Macro-Paradigmas do Sapiens, que estruturam toda a nossa forma de pensar e agir da espécie.
Se aceitamos as teses Mcluhanianas teremos um marco filosófico antes e depois dele.
Vejamos.
Debates Macro-Metafísicos são feitos em sala que só abre muito raramente. Darwin já esteve ali, Galileu, Newton, Einstein – só aceitam gênios.
Por quê McLuhan é tão Metafiscamente falando, disruptivo? E por que seria aceito em tal sala tão reservada?
Ele diz uma coisa bem diferente sobre nossa espécie.
Garante que quando chegam nova mídias, há uma mutação na espécie, que não passa pela razão. O “animal” Sapiens se modifica em alguns aspectos, independente da sua vontade.
McLuhan sugere que, de forma não racional, não voluntária, não desejada, não planejada a espécie entra subjetivamente em mutação, quando chegam novas mídias.
O Meio é a Mensagem, ou o Meio é a Massagem.
Mudou a mídia, mutou!
Somos Homo Mídias, que só é Sapiens por causa disso!
Novas mídias provocam alterações na nossa forma de agir e pensar. McLuhan está se candidatando a ser um Darwin 2.0.
Darwin disse, no passado, que somos mutacionais, McLuhan vai mais além: somos tecno-mutacionais.
Se isso, digamos, é fato, essa mudança de Macro-Paradigma nos obriga a rever diversos aspectos da Filosofia, das Filo-Teorias e das Filo-Metodologias.
Se McLuhan está perto do que a vida nos apresenta neste novo milênio, vivemos, por consequência, adaptando o que Thomas Kuhn defendeu com outro viés, uma Macro-Anomalia Metafísica.
É como se o andar mais alto das filosofias, a cobertura, a sala mais bem protegida do conhecimento humano, tivesse sobre ataque do Hacker McLuhan.
Caso as teses sejam aceitas, e a meu ver serão, pois se aproxima da explicação dos fatos do novo milênio, teremos reação cadeia enorme na forma de pensar o Sapiens.
Há um gigantesco esforço intelectual a ser feito pós-McLuhan, pois absolutamente tudo que pensamos sobre a sociedade terá que se modificar, digamos, de forma disruptiva!
McLuhan, a meu ver, é a senha para abrir o programa de compreensão do novo milênio.
Assim, quando aparecer o login “Novo_Milênio” pode colocar a senha: “McLuhan!”
É isso, que dizes?