Quando um paciente chega a hospital depois de queda e com dor no braço, certamente o médico vai pedir raio-x.
O raio-x é o melhor equipamento para diagnosticar ossos quebrados, mas não serve, por exemplo, para pesquisar dores de barriga recorrente.
Cada máquina de diagnóstico tem função específica.
A Inteligência Competitiva também tem suas respectivas “máquinas de exame” (entre aspas).
Temos duas:
- Se tenho, por exemplo, cenário incremental, conhecido, ambiente estável, utilizo a “máquina” ou método indutivo: parto para pesquisa de campo com a percepção consolidada. Meu trabalho de Inteligência Competitiva é de fora para dentro. Coleto dados para saber o que está ocorrendo num mercado estável, sem alterar de forma radical ou disruptiva meus paradigmas;
- Se tenho, entretanto, cenário disruptivo, desconhecido, ambiente instável, utilizo a “máquina” ou método dedutivo – parto para rever a minha percepção, antes da pesquisa de campo. Meu trabalho de Inteligência Competitiva é, ao contrário: de dentro para fora. Primeiro, revejo paradigmas para, só então, reanalisar os fatos no mercado.
Os profissionais de Inteligência Competitiva vivem, assim, profunda crise: querem com a mesma percepção incremental analisar cenário disruptivo.
Antes de qualquer coisa, é preciso rever paradigmas para entender o digital e, só então, voltar a levantar dados do mercado, com outro paradigma.
É impossível que o diagnóstico seja eficaz!
Raio-x para osso; ultrassonografia, para dores de barriga.
O raio-x não consegue, de maneira nenhuma, identificar câncer de pâncreas!
É isso, que dizes?
Em áudio: