Estamos tão envolvidos em mudanças, que fica difícil separar o joio incremental do trigo disruptivo.
São tantas novas tecnologias, empresas, conceitos, modismos que as pessoas tem ficado meio tontas, sem conseguir definir ordem de prioridades.
Uma boa maneira de avaliar o que é mais ou menos disruptivo é a estranheza que provoca nas mentalidades vigentes.
Quanto mais susto causar, mais disruptivo é.
E quanto mais se massificar, mais será necessário migrar mentalidade antiga para nova.
Abrir bicicleta com aplicativo de celular, por exemplo, é uma grande invenção, mas não causa impacto na mentalidade.O ciclista, simplesmente substitui chave por aplicativo: upgrade incremental.
Bem diferente do Uber para uma cooperativa de táxi. Ou Netflix para locadora de vídeo.
Existe ali novo modelo administrativo de processos e pessoas. Sai gestor – controlador de qualidade – e entra Curador, articulador de relações de consumo.
É o que vemos também no Mercado Livre, no Google ou no Youtube.
A chegada da Curadoria – novo modelo administrativo – permite lidar melhor com o atual Patamar de Complexidade Demográfica e, por causa disso, se massifica velozmente, pois atende demanda latente do consumidor.
A garantia de qualidade dos produtos e serviços é transferida para as pontas, em processo de auto-gerenciamento – algo inusitado para o administrador tradicional.
Está havendo, lentamente, sem percebermos, mudança no DNA administrativo do Sapiens, que terá forte impacto não só nos negócios, mas também na política, na educação e na cultura de maneira geral.
É preciso, portanto, capacitação especial para promover a passagem da Mentalidade 2.0 para a 3.0, a meu ver, o grande desafio do novo milênio.
É isso, que dizes?
Em áudio: