Quando imaginamos mudanças no futuro, sempre pensamos em grandes lÃderes que nos levam para lá.
É como se a história fosse feita de grandes personalidades e datas. É a chamada visão de futuro centralizada.
Porém, cada vez mais tenho percebido que não é bem assim que a banda do futuro toca.
O futuro pode ter momentos em que pessoas são relevantes em determinado tempo e lugar, mas é feito muito mais de forma distribuÃda no trabalho silencioso e invisÃvel de milhões ou bilhões de pessoas.
Imagine pequenas comunidades interagindo internamente e externamente tentando viver da melhor forma possÃvel;  enfrentando problemas e inventando soluções mais ou menos incrementais – mais ou menos disruptivas.
Cada pessoa e cada comunidade procura, a cada momento, a melhor solução para respectivo problema.
Este mar de interações distribuÃda e descentralizada vai construindo o futuro, passo a passo –  sempre na tentativa de pior para melhor.
Existe, assim, o que podemos chamar de “sabedoria das multidões“, que é um senso coletivo de sobrevivência.
Há, claro, equÃvocos que duram certo tempo, mas se volta sempre para o que é melhor para cada um ou para todos – algo como um bom senso que acaba por prevalecer.
Hoje, quando temos aumento de empoderamento de cada indivÃduo, a partir de nova mÃdia descentralizadora, o ritmo de mudança coletivo se acelera bastante.
Comunidades locais, que eram mais fechadas, passam a ser cada vez mais oxigenadas pelo lado de fora.
Se reduz o tempo entre solução local e global e vice-versa.
O futuro ganha, assim, velocidade, mas com grande diferença: não vem de um centro para as pontas, mas das pontas para as pontas.
É isso, que dizes?