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Não há a possibilidade do Sapiens compreender o mundo, sua própria vida, o sentido da existência. Tudo que tentamos explicar será sempre provisório.

Do ponto de vista epistemológico (campo da filosofia que discute o que é verdadeiro) é de bom tom utilizar  depois de certeza ou verdade o adjetivo “provisório

Certeza provisória é atitude filosófica eficaz diante da vida e respectivos problemas. O que é verdade hoje pode não ser mais amanhã.

O ser humano já acreditou, por exemplo, em certezas absolutas no passado que viraram mentiras, tais como: a terra é plana ou é o centro do universo.

Certezas, entretanto, têm função social.

Precisamos das melhores certezas para decidir sobre diversas encruzilhadas nas nossas vidas –  das mais banais às mais relevantes.

A pergunta filosófica, portanto, mais importante na hora de decidir será: como podemos tomar decisões melhores com as melhores certezas – mesmo que provisórias?

A verdade, qualquer que seja, precisa ser testada na vida.

E você vai me perguntar: o que é a vida?

A vida é espécie de redemoinho de interesses, fatos, pulsões, contextos, tensões, forças em movimento, na qual o Sapiens está inserido.

A vida está, assim, fora da capacidade de compreensão absoluta do Sapiens, que nunca vai deixar ter apenas certezas provisórias.

 

É isso, que dizes?

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