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Gestão é ferramenta administrativa, que está baseada em duas linguagens antes disponíveis: oralidade e escrita.

A Gestão nos acompanha já vários milênios e nos serviu de base para resolver problemas das diferentes civilizações passadas.

A gestão é:

  • lenta e, por consequência, cara;
  • com baixa participação da sociedade.

Isso pode ser administrado, numa espécie de fase de crise latente, mas não explícita, quando tínhamos:

  • mídias concentradas;
  • canais de distribuição de produtos e serviços concentrados.

A concentração permitiu que houvesse a redução da diversidade na sociedade e o aumento de controle do centro sobre as pontas.

O gatilho civilizacional, passagem de uma Era Civilizacional para a outra, se dá com a chegada e massificação e nova mídia descentralizadora.

A crise administrativa passa de latente para explícita, com surgimento de novo cidadão/consumidor muito mais informado e exigente.

E ainda novos canais de distribuição, que permitem o surgimento de concorrentes às velhas organizações.

Um conjunto grande de novos pensadores e empreendedores passam, cada vez mais, a influenciar as novas gerações e se inicia o processo de nova Era Civilizacional.

A Gestão dá lugar à Curadoria, que incorpora a oralidade e a escrita e introduz a linguagem dos cliques, que permite que possamos ter nova forma de tomada de decisões.

A crise administrativa, assim, é algo natural para o Sapiens, não é a primeira vez que ocorre.

As novidades são:

  • a quantidade de sapiens envolvidos;
  • a velocidade da mudança;
  • e a taxa de disrupção.

A taxa de disrupção é alta, pois os cliques permitem terminar com o modelo de administração baseado em líderes-alfas, introduzindo a Curadoria.

Nela, o gerenciamento de processos e pessoas é feito dentro de Plataformas Participativas, nas quais os fornecedores e consumidores se auto-gerenciam, sem a necessidade de um líder-alfa de carne e osso.

Sai o antigo Gestor e entra o Curador, que tem como ferramentas os cliques, algoritmos, inteligência artificial.

É uma crise profunda a exigir muito das nossas mentalidades intoxicadas.

É isso, que dizes?

 

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