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O ser humano já passou na história por algumas macro-revisões filosóficas.

Galileu nos tirou do centro do universo. E Darwin nos fez entender que não éramos filhos de Adão e Eva.

A partir destas premissas, pensamentos tiveram que ser revisados para permitir novas formas de entender o humano, mais compatíveis com os fatos.

O mundo digital com diversas mudanças inusitadas nos obriga a rever algumas macro-verdades que tínhamos bem consolidadas sobre o Sapiens.

A primeira revisão a ser feita, a meu ver, é reavaliar o papel fundamental que as mídias exercem sobre a sociedade.

O Digital nos faz perceber que a sociedade não gira apenas em torno das mudanças propositais trazidas pela economia e pela política.

É fato: as Ciências Sociais precisam dar um cavalo de pau! Um giro de 180 graus.

É preciso imaginar um Sapiens que vive dentro de um tecno-planeta, cercado de tecnologias por todos os lados.

No tecno-planeta do Sapiens, as mídias são produtoras de cultura e alteram a sociedade de baixo para cima, sem centro controlador.

Além disso, somos obrigados a rever papel da demografia nas mudanças humanas, na seguinte nova lógica:

  • aumentos demográficos geram novas demandas;
  • novas demandas aumentam a complexidade;
  • a nova complexidade gera latência por macro-inovações;
  • macro-inovações só são possíveis com a chegada e massificação de novas mídias;
  • e novas mídias permitem mudanças profundas na forma como administramos a sociedade.

Criamos novos modelos de administração, ao longo da macro-história, para poder lidar com novos patamares de complexidade demográficas.

O  crescimento demográfico, portanto, é feito através de ordem espontânea que OBRIGA, perceba bem, OBRIGA,  a sociedade a tomar determinadas ações em direção à inovação no longo prazo.

Precisamos, assim, incorporar essa nova macro-revisão filosófica estruturante para poder agir de forma mais eficaz no novo milênio.

Ou incorporamos essa nova forma de ver a sociedade ou nossas análises não conseguirão  projetar o futuro e lidar melhor com ele.

É isso, que dizes?

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