Novas mÃdias descentralizadoras vêm viabilizar a necessária distribuição de poder.
Já disse aqui que a distribuição de poder, ao longo do tempo, faz parte do que podemos chamar de essência humana.
O Sapiens quando aumenta a Complexidade Demográfica precisa fazer com que cada vez mais gente participe de forma melhor das decisões.
É como se houvesse uma pulverização obrigatória do poder para muito mais gente ajudar nas decisões.
Muitos dirão que nem todas as regiões do planeta fazem isso, é fato, mas todas que não aderem a esse comportamento, entram em processo de crise.
Nestes momentos de descentralização de mÃdia um grupo que detinha o controle das verdades circulantes perde espaço para nova leva de autores que irão oxigenar a sociedade de novas verdades.
É um movimento cÃclico, obrigatório, cotidiano de qualquer tecno-espécie do Universo. Como somos a única conhecida, não temos termos de comparação, mas assim que somos.
Aumentos demográficos necessariamente obrigam a espécie a mudar, através da descentralização de poder.
Muitos dirão que há uma perda qualitativa, sim há, pois os antigos “produtores da verdade” perdem espaço. Mas há, ao mesmo tempo, ganho quantitativo, pois cada vez mais gente ganha mais capacidade de decisão.
Mais gente vai tomar decisões melhores e vai desbancar o antigo centro de poder de circulação das verdades.
O antigo centro tem uma verdade que perdeu o contato com os problemas da maioria. Uma verdade eunuca, sem problemas vindo das pontas.
Verdade  que acaba se tornando cada vez mais voltada para o interesse e reforço do próprio grupo – corporativa e dogmática.
Foi o que ocorreu no fim da Idade Média com a chegada da prensa, que desbancou o poderio da Igreja, criando novas alternativas religiosas e um ambiente mais cientÃfico.
O mesmo ocorre agora com a chegada da Internet.
Neste momento, haverá crescente demanda pela difusão e massificação de macro-cosmovisões descentralizadoras, que defendem um ser humano sem propósito.
E vice-versa.
Haverá crescente redução de macro-cosmovisões centralizadoras, que defendem ser humano com propósito, do qual o antigo grupo de poder sabia o caminho.
É isso, que dizes?