O gato de Platão (se é que ele teve um) é muito parecido com o o da vizinha, pois a essência felina se manteve no tempo, com poucas variações naquilo que vemos, as substâncias.
Do ponto de vista da essência do ser humano na Grécia, estávamos já lá, mesmo sem saber, impactados pela demografia, pelas tecnologias, pelas mídias e pela cultura.
Éramos os mesmos nestes aspectos.
Porém, a substância, aquilo que podemos – e não podemos ser hoje – se alterou bastante, no tempo, pois é assim que essencialmente somos.
Analisar uma pessoa grega a um contemporâneo nos mostra que há mudanças que não são apenas culturais.
Podemos dizer, se quisermos, que existe, assim, algo que é mutante no Sapiens, que estamos chamando de essência, que não é essência, mas substância, os aspectos tecnológicos, midiáticos e demográficos de cada época.
E isso nos coloca nova questão: na nossa caminhada mutante é possível falar em essência e substância? Papo para o outro post.