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Os estrategistas estão em crise.

Mais e mais organizações não conseguem ter estratégias adequadas diante da Revolução Digital.

Basta ver a queda constante e gradativa da taxa de competitividade das organizações tradicionais em várias áreas.

Líderes de mercado que eram locomotivas, agora têm aceitado cada vez mais o humilde papel de vagão.

Se colocarmos em números, a crise dos estrategistas já pode ser calculada em bilhões de dólares, sem falar na perda total de várias empresas que fecharam as portas pela dificuldade de entender e agir, a partir de nova visão sobre o amanhã.

O problema principal dos estrategistas está na formação.

Estrategistas foram preparados para projetar cenários em  futuro incremental e não disruptivo.

Num futuro incremental, o trabalho do estrategista é voltado para pesquisas de curto prazo. Procura perceber micro-tendências do consumidor, concorrentes, tecnologias e pequenas mudanças prováveis nas áreas social política e econômica.

Num futuro incremental, estrategistas trabalham com o mesmo paradigma. As bases de pensamento sobre como caminha a vida da sociedade – e por sua vez dos negócios –  permanecem as mesmas.

Num cenário disruptivo, entretanto, é preciso revisão filosófica, teórica e metodológica, pois a sociedade não está mais funcionando do mesmo jeito.

Há evidente crise das ciências sociais, com as quais os estrategistas foram formados, pois novas forças, como as tecnologias de mídia, demonstram que podem muito mais do que se previa.

É preciso, assim,  revisão da forma como pensamos o próprio Sapiens.

Os estrategistas 3.0 vão ter que primeiro rever conceitos para, só então, voltar às boas e conhecidas pesquisas de campo.

A crise é profunda e precisa ser corrigida rápido.

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