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Ninguém define como pessoas vão usar tecnologias.

A maior parte das tecnologias são abertas em relação à ideia original dos seus criadores.

Assim, tecnologias, em boa medida, têm  vôo próprio entre criação e uso.

As tecnologias cognitivas muito mais, pois são estruturantes da espécie. São utilizadas boa parte do dia, por muita gente.

São, diferentes de outras, o epicentro da espécie.

E estabelecem novo patamar de relacionamento entre os humanos, destes com a vida.

Por isso, que a massificação de novas tecnologias cognitivas são os fenômenos marcantes e disruptivos na história do Sapiens.

Todo o modelo organizativo da sociedade tem base nas tecnologias cognitivas, incluindo a topologia de poder.

Não é, como em outros fenômenos sociais de mudança na estrutura de poder,  premeditado, articulado e pretendido por determinado grupo.

É um movimento sistêmico, de base tecnológica, que dá início a novo ciclo civilizacional pelo simples uso.

A mudança, entretanto, têm o gatilho tecnológico, mas vai depender para seu avanço, aí sim, de movimentos sociais (incluindo religioso, filosófico, teórico, político, administrativo, entre outros), que vão perceber as novas possibilidades e passar a se aproveitar delas para mudar a sociedade ao longo do tempo de forma irreversível.

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