Volta e meio encontro com pragmáticos radicais.
O pragmático radical acredita que tudo se resolve fazendo.
E não resta dúvida que esforço, dedicação, persistência são itens fundamentais para solucionar qualquer problema e colocar de pé qualquer projeto.
O problema que todo o projeto tem um custo e danos envolvidos.
Se quero embarcar em um avião em tempo curto e dirigir moto pela calçada para cortar caminho, pode ser até que eu consiga chegar, desviando dos pedestres.
Mas o custo de pessoas que levaram susto, alguns que caíram e se machucaram, o risco que corri, talvez não tenha valido à pena.
Não basta dizer que cheguei no aeroporto, mas é preciso estabelecer a relação de custo/benefício de como e quanto me custou a solução de determinado problema.
E para essa avaliação eu preciso REFLETIR SOBRE A MINHA PRÁTICA.
Os pragmáticos tóxicos não gostam de refletir, pois acham perda de tempo.
Ser pragmático, ok. Mas não querer debater em momento nenhum a minha prática, aí temos o transtorno!
E, por causa disso, mantêm relação mais desequilibrada de custo/benefício.
Toda a prática tem um custo, que tem que ser avaliada no resultado final. E por isso se exige o tempo todo reflexão sobre ela.
Práticas estão imersas em filosofias, teorias e metodologias.
Ninguém pratica nada sem uma mentalidade, que foi construída por alguém, na tentativa, erro, avaliação, reavaliação dos processos nos níveis de debate acima apresentados.
E é justamente este conjunto de debates que vai definir a prática.
E é na capacidade de reavaliar a prática que temos as bases da inovação.
Ninguém inova sendo radicalmente pragmático, pois a prática é resultado de metodologia, que é filha de teorias e estas de filosofias.
É uma cadeia, que precisa ser percebida e aprimorada.
Para terminar.
Há diferentes personalidades para cada um nível destes debates.
Os pragmáticos são fundamentais, mas é preciso salpicar a equipe de pessoas com pensamento mais abstrato, que permite que se possa abrir caminhos para pensamentos mais abstratos.
O que ajuda a ver determinados nós e gargalos.
É isso, que dizes?