Não são as novas tecnologias que vão entrar na escola, mas a escola que vai entrar no novo ambiente Tecnocultural criado pelas novas tecnologias.
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Quando falamos que os métodos de ensino e aprendizagem vão mudar no novo séculos, educadores mais reativos torcem o nariz.
Não é de hoje que se critica a escola e ela continua firme lá há séculos, do mesmo jeito: um professor, alunos, material impresso explicado oralmente e, quase sempre, de forma presencial.
Para compreender que tal cenário vai mudar radicalmente ao longo das próximas décadas é preciso analisar duas grandes mudanças na civilização humana:
- o aumento demográfico radical, que aumentou tremendamente a complexidade, saltamos de um para sete bilhões em 200 anos (não mais que seis gerações) e o Brasil de 30 para 210 milhões em apenas 100 (não mais que três gerações) ;
- a chegada de novos aparatos de mÃdia, que permite mudanças na forma de ensinar e aprender.
Assim, podemos dizer que os modelos de ensino e aprendizagem não mudaram antes, apesar das crÃticas por que:
- era possÃvel, em tempos idos, manter a qualidade na quantidade, o que vem se tornando cada vez mais difÃcil;
- e tÃnhamos limites linguÃsticos (oral e escrito) de como o aprendizado poderia ser feito, que só foram rompidos com as novas mÃdias digitais, que nos trazem o legado da linguagem dos cliques.
O professor Ronaldo Mota, reitor da Estácio, sabiamente define como o desafio da inovação no ensino e aprendizagem do novo século: qualidade na quantidade e quantidade na qualidade.
Não adianta escola de qualidade para 200 e nem de baixa qualidade para 200 mil.
O grande desafio do ensino e da aprendizagem no século XXI é romper com os limites linguÃsticos oral e escrito e passar a usar TAMBÉM a linguagem dos cliques para permitir nova forma de aprendizado de qualidade para milhões.
Assim, não são as novas tecnologias que vão entrar na escola, mas a escola que vai entrar no novo ambiente Tecnocultural criado pelas novas tecnologias.
Vivemos, assim,  guinada civilizacional não apenas na área de Educação, mas também na Administração de toda a sociedade (com implicações na Ciência, PolÃtica, Justiça, Saúde, Transporte, Energia, Habitação) que vão exigir do Sapiens 3.0:
- mais autonomia de pensamento para o autoaprendizado e empreendedorismo;
- criatividade inovadora;
- muito mais resiliência à mudanças;
- capacidade de lidar como consumidor e produtor de informação abundante e não mais escassa.
Como fazer?
A passagem dos dois modelos é difÃcil, pois estamos abandonando  topologia de aprendizagem vertical de um centro para as pontas e adotando uma mais horizontal das pontas para as pontas, com centros mutantes, conforme cada caso e situação.
(Um modelo de comunicação e aprendizagem mais longe dos mamÃferos e mais próximo das formigas, devido ao aumento de complexidade.)
Portanto, não a Educação 3.0 não é  modelo de continuidade, ou incremental, mas de disrupção. Assim, a experiência demonstra que nestes casos, é preciso separar os dois ambientes, o atual e o novo.
O atual que permanece funcionando e um novo experimental, numa área separada em que a nova cultura passa a ser experimentada de forma integral, evitando a intoxicação do modelo anterior.
A isso podemos chamar de vários nomes, mas sugiro Laboratório de Educação 3.0, no qual se experimentará novo modelo fortemente baseado em plataformas de auto-aprendizagem, a partir de problemas definidos.
Neste novo ambiente, cada um é aluno e professor, conforme a capacidade de ajudar a resolver determinado problema, tornando o idioma, o uso da tecnologia, da matemática e da lógica, como ferramentas para se chegar ao desafio proposto.Â
Educadores do novo século que querem realmente ajudar as novas gerações precisam se convencer de que a mudança na Educação, tão falada no passado, agora chegou com toda força e é preciso criar o novo conceito de qualidade na quantidade.
É isso, que dizes?
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