Vídeo relacionado:
Muitos alunos assistem a minha aula e saem empolgados em uberizar o mundo.
Porem, o espaço de uberização do mundo ainda não está tão aberto.
O que me faz pensar bastante sobre quem somos.
Somos aquilo que fazemos. E fazemos aquilo que nos permite sobreviver: aquilo que dá dinheiro. Somos, assim, de alguma forma aquilo que o ambiente produtivo permite ser.
Todo o ambiente produtivo tem uma lógica e uma demanda. E é natural que a nossa forma de pensar e agir seja mais próxima daquilo que o ambiente produtivo quer escutar.
Há uma espécie de imã que faz com que todos pensem e ajam, conforme a lógica do ambiente produtivo.
O que o ambiente produtivo quer escutar é considerado válido e o que não quer, nem tanto.
Porém, a vida não é controlada pelo ambiente produtivo. Na maior parte da história há um forte controle deste sobre a vida.
Em Revoluções Cognitivas – a chegada e massificação de novas tecnologias de troca (informação e comunicação)- o ambiente produtivo de plantão perde o controle sobre as mudanças na vida.
Em Revoluções Cognitivas se abre um vácuo entre o que quer ser ouvido e o que precisa ser ouvido. O que precisa ser mudado e o que se quer mudar. Podemos chamar isso de Reatividade Emocional.
Todo o aparato de aconselhamento do ambiente produtivo tende a dizer aquilo que este quer ouvir, mas a vida caminha em outra direção.
Há um falso aconselhamento, uma espécie de “paparicação sem lógica”.
As organizações tradicionais diante da atual Revolução Digital se abrem para ouvir apenas aquilo que reforça seus valores e não aquilo, que, de fato, está ocorrendo com a vida.
É, por causa disso, talvez, mais do que tudo que torna tão frágil a situação das organizações.
Os antigos conselheiros só sabem pensar e agir, conforme as regras antigas, não conseguem se aventurar em nova narrativa para não ficar “mal na fita”.
E o círculo vicioso (conselheiros-antigas organizações) vai deixando brechas, que vão sendo ocupadas pelos novos players do mercado, que estão completamente alheios a esse problema.
É preciso, tanto organizações como novos conselheiros, romper esse círculo. Organizações precisam ouvir o que não se quer e conselheiros aprender novos paradigmas e se comprometer com eles.
É isso, que dizes?