Este é o desejo de muita gente para inovar. Mas o problema começa justamente quando imaginamos que existe uma caixa.
O ser humano vive em três camadas.
- A primeira é a sua identidade;
- A segunda é a sua percepção;
- A terceira é a “realidade”, os fatos da vida.
De maneira geral, ainda mais agora ao fim de um longo período de mídia concentrada, é normal que tenhamos baixa taxa de percepção.
A percepção é uma mediadora entre a identidade e os fatos da vida. Ora, precisamos repensar como pensamos sobre nós mesmos, a partir de fatos. Ora precisamos pensar os fatos, a partir das revisões que fazemos na nossa identidade.
A caixa que todos costumam falar é uma percepção pouco musculada, não alongada, que nos faz estacionar tanto quando olhamos para dentro como para fora.
Quem não faz o alongamento da percepção, acaba por aumentar a taxa de dogmatismo e não consegue enxergar nem para dentro e nem para fora de forma diferente.
Sair da caixa, assim, é perceber que temos percepção.
A caixa que estamos colocados não é consciente.
Sair da caixa é tomar consciência da caixa que fomos colocados.
Muscular a percepção é começar a criar ferramentas internas para escolher a caixa que queremos estar, a partir de critérios que atendam a nossa nova identidade.
Num mundo mais líquido, mais inovador, uma percepção enrijecida faz com que a pessoa se incapacite para o mercado.
É isso, que dizes?