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Existe um debate filosófico sobre a natureza humana que é a base para projetos políticos.
- O ser humano nasce bom?
- O ser humano nasce como uma folha em branco?
- O ser humano é sempre mau?
Esta encruzilhada filosóficas define as diferentes teses políticas na sociedade.
O marxismo parte da ideia de que o ser humano seria bom, desde que o sistema o ajudasse a ser bom.
De que pessoas que abraçam a bondade como meta se tornam boas, principalmente a ideologia dos oprimidos versus os opressores.
E que numa sociedade comum, em que todos são iguais, todos serão bons, por natureza.
Acredita-se na natureza humana boa, desde que as condições da sociedade assim permitam.
Desse ponto de vista, o centro não precisa ser tão fiscalizado, pois é formado por pessoas boas, que sempre farão o bem pelos demais.
É uma fé na natureza humana boa.
A história demonstrou que tal tese do homem bom, independente de qualquer coisa, não conseguiu virar cultura, pois o ser humano tem reações diferentes, conforme a fiscalização e o controle social sobre ele.
Podemos dizer que haverá um aumento da taxa de “maldade” quando as pessoas tiverem o poder absoluto. Quem se dizia bom, ou queria fazer a bondade, se sente tentado a defender seus próprios interesses quando se vê sozinho no escuro da sala do trono.
Por causa disso, que todos os regimes que aderem à ideologia do ser humano bom, relaxam quanto à fiscalização ao poder central.
Porém, o teste metodológico que foi feito sobre a hipótese filosófica da tese sobre a natureza humana boa por natureza, não passou na prova da cultura, no tempo.
Assim, as correntes, que antes eram religiosas, do ser humano bom, principalmente a católica, foi incorporada pelo marxismo, sem gelo, e nos leva ao problema da implantação de regimes, no qual se cria um poder absoluto sem fiscalização.
As pessoas se preocupam pouco – ou quase nada – com os controles sociais, os contra-pesos, pois acreditam que todas as pessoas que fazem parte daquela tribo (ou seita) são boas e levam a bondade, independente das circunstâncias.
Essa ideia do ser humano sempre bom, independente fiscalização, nos leva à monarquia, no qual a família real era superior e podia governar, pois era escolhida por Deus, portanto, tinha o “sangue bom”.
Quando se descobre a corrupção individual, em benefício próprio, se nega, pois é preciso refazer um debate filosófico de longa data e mais profundo, em que é preciso admitir uma revisão da própria natureza humana.
Foi isso que os liberais clássicos perceberam ao propor à república e o livre mercado para se opor a esse conceito do ser humano bom com poder absoluto.
A história tem demonstrado que foram mais precisos ao diagnosticar a natureza humana.
As teses liberais defendem que sendo o ser humano bom, não sendo, precisa de fiscalização constante, seja os políticos, através do voto. Seja as organizações produtivas, através da concorrência e da livre escolha do consumidor.
Tanto do ponto de vista econômico ou político para os liberais, ninguém é bom o tempo todo, mas tem que provar isso a cada dia, no tempo, a partir de uma avaliação de baixo para cima, através de liberdade de expressão e de consumo.
A fé equivocada na natureza humana faz com que se aumente a taxa de corrupção em todos os regimes que depositam as crença do ser humano bom.
A corrupção do PT, portanto, parte de uma proposta filosófica equivocada, que, como ondas na praia, batem, voltam, se repetem, e não se faz a revisão filosóficas necessária, a partir da experiência histórica.
E isso é consequência da religiosidade marxista, que abordei aqui.
É isso, que dizes?
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