Muita gente disse diante das Manifestações de 2013 que a garotada não tinha propostas.
Fato.
Diria que ali, parecida com as revoltas pós-Idade Média, temos muita intuição, reação, sentimento e baixa reflexão.
É a fase em que todo o modelo centralizado das organizações perde a sua legitimidade diante de um boom de transparência radical.
A legitimidade ao final de ciclos cognitivos não é mais conquistada por narrativas, argumentos, mas apenas pelo controle das ideias.
As atuais organizações são o que são, pensem como pensam e agem como agem, muito mais pelo controle das ideias do que pelo debate, transparência e argumentação.
O primeiro ciclo pós-Revolução Cognitiva, quando há um boom de transparência, tende a ser fortemente emocional de revolta de não mais aceitação do modus operandi.
A crise que está colocada é macro-civilizacional. Aumentamos demais a população e precisamos recriar as organizações para que passem a ser compatíveis com o novo patamar de complexidade.
Porém, isso não cria o novo.
Filósofos, teóricos, metodólogos, tecnólogos e empreendedores têm como missão recriar, já baseado na lógica, na reflexão, as novas organizações a partir das novas possibilidades das Tecnologias de Trocas Descentralizadoras.
Não vamos apenas questionar as organizações, mas precisamos criar novos modelos que possam resolver seus problemas.
Não é simples, pois passa superar um modelo cultural construído ao longo de décadas, ou séculos, ou mesmo milênios e colocar outro no lugar. Preservar valores, mais alterar os métodos de fiscalização e controle.
Isso é uma missão para muita gente, para cabeças fora da curva, para inovadores disruptivos, que precisam apontar saídas filosóficas, teóricas e práticas. Leva tempo, mas vai.
É isso, que dizes?
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