A ideia de educação gratuita faz parte de um tipo de mistificação religiosa infantilizadora da educação.
Qualquer ser vivo precisa se alimentar para sobreviver. É preciso repor as energias gastas.
Em qualquer sistema econômico que for criado, socialismo, comunismo, anarquismo, liberalismo haverá energia sendo gasta e necessidade de repor.
Isso nos leva a esforço empreendido, que podemos chamar de custo que gera um determinado resultado para a sociedade.
Assim, a lei econômica de custo/benefício não é liberal, mas universal, que vale para todos os animais da natureza.
Isso vale para todas as ações da sociedade, incluindo a educação.
Há um esforço de energia para produzir tijolos, que não nascem em árvores, carteiras, quadro negro, giz, apagador, luz.
Além disso, a cada dia o ambiente de aprendizado deve ser limpo, deve haver educadores presentes, vestidos, com desodorante em dia, cabelos penteados.
Alunos vestidos, com café tomado.
Tudo isso é energia que está sendo gasta e precisa ser resposta por esforço de alguém, que trabalha com esforço de outro alguém, em uma cadeia.
Assim, não podemos dizer que a Educação é feita sem esforço.
Ela não é, assim, gratuita de esforço.
A ideia que se vende de educação gratuita é mitológica. É uma tentativa, que se faz com frequência, para infantilizar o cidadão e tornar o estado algo invisível, como se fosse uma espécie de igreja neutra.
Note que os padres católicos também são “vendidos” dessa maneira. Pessoas, acima do bem e do mal, que não se preocupam com trabalho ou com relações sexo-afetivas. Santificam os padres para que eles pairem acima dos mortais, com todas as consequências perversas que isso tem trazido.
O conceito de educação gratuita vai na mesma linha, de um estado que não tem problemas de custo/benefício, que está acima do bem e do mal. O que acaba colocando os servidores estatais no mesmo bolo.
A venda do conceito da educação gratuita, como se fosse uma benesse, e não um pagamento indireto, faz parte do culto messiânico de tornar e manter os cidadãos infantis e dependentes de um centro provedor santificado.
Houve, há e sempre haverá custo social da educação e que não é pelo fato dele ser pago pelo estado, não existe. O que precisamos discutir é de que forma ele vai ser pago, de forma direta pelo cidadão ou indireta, através de impostos.
O que nos leva a outro post.
O pagamento da educação será direto pelo cidadão ou indireto pelos impostos?
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