Temos um problema filosófico sérios a ser superado na relação ser humano com tecnologias.
- O problema é que temos uma visão de tecnologia = máquinas.
- E normalmente tecnologia é coisa nova.
- Tecnologia velha é relíquia que lembra nossos avós.
Podemos definir tecnologia como tudo aquilo que não nasce em árvore, o que, na verdade, que caberia na mesma definição de cultura.
Podemos dizer, assim, que conceito bom é conceito vivo. Conceitos formatam nossa forma de pensar e agir.
E quando imaginamos cultura e tecnologias separadas, não imaginamos que as linguagens, aquilo que usamos para promover as trocas, são tecnologias em processo de mutação.
E, como toda boa tecnologia, se alteram com o tempo.
E mudam toda a sociedade.
O grande problema para entender o século XXI passa justamente por essa falsa visão que temos de nós mesmos: achamos que somos uma espécie “natural”, que de vez em quando precisa da impureza tecnológica.
Mudanças provocadas por alteração das tecnologias das linguagens não entram no nosso radar de rupturas culturais.
E, como cupins no armário, as tecnologias das linguagens vão provocando mudanças no mundo que não conseguem ser compreendidas pelas teorias de plantão.
Prefiro, assim, o termo Tecnocultura. É bem mais preciso.
É bem mais preciso .