Vídeo complementar:
Do ponto de vista filosófico, não.
O ser humano é incapaz de conhecer a realidade, pois entre nós e os fatos, existe alguns fatores:
- tecnologias que nos permitem a ver cada vez mais e perceber o quanto ainda falta a conhecer;
- fenômenos que aparecem que demonstram que nossas certezas eram falsas;
- malucos que olham tudo que já foi pensado e pensam algo completamente diferente (Darwin, Galileu, Freud, Einstein, McLuhan.)
Assim, só podemos ter certezas provisórias.
E aí uma aluna me provoca e pergunta.
“Ah, tá, então, só podemos dizer que sei que nada sei”.
Não, o sei que nada sei é apenas algo abstrato e tornaria o mundo um caos.
É preciso ter desconfianças permanentes, porém certezas provisórias.
E como se chega a medida de que certezas são provisórias e o que não pode o tempo todo ser dúvida permanente.
Temos duas armas.
A lógica e a experiência.
A filosofia e as teorias se baseiam em lógica, que constroem metodologias para se atuar na prática.
A única forma de se medir se temos boas filosofias e teorias é analisar:
- a coerência interna, se o que está sendo dito na primeira página não renega o que aparece na décima quinta;
- a coerência histórica, se o que está sendo dito se repete alguma vez na história.
E isso pode ser aperfeiçoado, através de constante debate em sala de aula, com clientes, com pessoas na Internet, diante do discurso de outros pensadores.
A única forma se tais teorias e filosofias criaram metodologias eficazes, depois do “corredor polonês” da lógica é partir para a prática.
Metodologias devem ser eficazes e gerar valor para a sociedade. Se geram valor, confirmam as filosofias e teorias e vice-versa.
Assim, só podemos ter certezas provisórias se conseguimos ir aos poucos reduzindo a taxa de dúvidas permanentes. E isso vai se consolidando com a consistência da lógica interna e histórica.
E depois com a prática da metodologia.
E vamos ajustando ao longo do tempo, num exercício permanente de constante diálogo e prática.
É isso, que dizes?
Pós-escrito do livro: