A filosofia, segundo dizem, tem um campo principal e três secundários com suas perguntas respectivas, resultado deste, como vemos abaixo:
A filosofia é um campo conceitual, do qual as teorias se estruturam e produzem metodologias. São as metodologias que nos ajudam a resolver problemas.
Toda a ação humana, de alguma forma, parte em alguma instância de algum pensamento filosófico, que foi incorporado dentro de uma determinada teoria, que influenciou metodologias.
Como vemos acima, entretanto, a filosofia não é um campo uniforme e tem também as suas divisões pela prática do pensamento.
Algumas questões são tratadas por alguns campos de forma específica, como a capacidade que temos de conhecer e dizer que determinada afirmação é verdadeira, ou não, que é a epistemologia.
No topo da “cadeia alimentar” está a Filosofia Existencial, aquela responsável por definir “Quem somos?”.
Primeiro, precisamos definir “Quem somos?” para depois ir para os outros “pratos de menu”.
O tema “Quem Somos” pertence ao que podemos chamar de Filosofia das Filosofias.
E é a partir desse ponto de partida que descem as outras filosofias, teorias, metodologias e solução de problemas.
Revoluções Cognitivas Descentralizadoras provocam mudanças profundas no pensamento filosófico, pois, pela ordem, temos:
- novos fenômenos inexplicáveis pelos paradigmas antigos;
- novos pensadores fora do status quo que inundam a sociedade com novas ideias;
- novo público com demandas de novos pensamentos;
- surto inovador, que geram ainda mais fenômenos inusitados.
Assim, Revoluções Cognitivas Descentralizadoras provocam Surtos Filosóficos, como vimos no mundo ocidental, que é o que temos dados para trabalhar:
- Revolução Filosófica 1.0 – Grécia com a chegada do alfabeto grego;
- Revolução Filosófica 2.0 – Pós-Idade Média com a chegada da Prensa;
- Revolução Filosófica 3.0 – Século XXI com a chegada do Mundo Digital.
Revoluções Cognitivas Descentralizadoras provocam alterações nos campos da filosofia, em maior ou menor escala. Com a repetição das Revoluções Cognitivas no passado, o acúmulo dos pensadores até aqui, podemos iniciar uma revisão na Filosofia Existencial.
Hoje, a chegada do Mundo Digital, além de outros campos, vai nos permitir rever a resposta que sempre demos para o “Quem Somos?”.
A resposta padrão até aqui é que o Ser Humano é uma espécie cultural e não Tecno-cultural. Uma espécie que vive no Planeta e não no Tecno-Planeta.
Isso nos permite enxergar com mais clareza as mudanças que estão ocorrendo e passam a influenciar revisões nos outros campos.
E ainda digo mais.
As mudanças das atuais Tecnologias Cognitivas são apenas órteses (que são colocadas fora do corpo) tal como celulares, computadores, relógios inteligentes, etc.
Porém, podemos começar a pensar em mutações genéticas não só com próteses (que são colocadas dentro do corpo), como chips no cérebro.
Bem como, mutações genéticas, que podem, por exemplo, permitir que o humano passe a se alimentar só de luz solar.
O conceito da Tecno-Espécie como uma espécie que se altera com mudanças em órteses e próteses e agora genéticas é chave para um pensamento mais realista sobre o nosso futuro.
Faz parte deste livro em construção:
http://tinyurl.com/cadcertipdfs