As três instâncias do conhecimento
Um aluno me pergunta.
Existem instâncias do conhecimento?
No meu laboratório existe, pois parto do princípio que todo conhecimento científico só é válido se desaguar na direção da solução de algum problema que cause desconforto ou sofrimento.
É a minha maneira de pensar ciência.
Assim, tudo gira em torno de problemas.
Problemas são resolvidos por pessoas com um dado perfil e formação, munidos de metodologias e tecnologias, baseado em fundamentos teóricos, que seguem determinadas correntes filosóficas.
Quando a solução destes problemas começa a não mais satisfatório é hora de rever a primeira camada:
Podemos mudar pessoas, perfis, formação, métodos e tecnologias.
Caso tudo isso seja tentado, sem sucesso é hora de rever as metodologias. Teorias estudam fenômenos, suas causas e consequências, criam cenários, estratégias e revisam metodologias.
Podemos mudar conceitos, o peso das forças, o comparativo histórico.
Caso tudo isso seja tentado, sem sucesso é hora de rever teorias. Filosofias estudam teorias, suas causas e consequências, bases, coerência, lógica. Filosofias criam novos campos teóricos, que permitem mais adiante rever metodologias.
Quando tentei estudar o problema:
O que é a Revolução Digital, quais são as causas e consequências e o que podemos fazer para lidar melhor com ela?
Tive a necessidade de criar estas três “bancadas” para poder avançar.
É isso.