Conceitos são ferramentas de interação!
Certo dia, uma amiga disse que estava há meses tentando chegar num determinado conceito.
Eu fiquei pensando naquilo.
Conceitos são ferramentas de interação interna e externa.
Não devem ser sólidos, mas líquidos, pois se ajustam a duas demandas:
- comunicação interna do autor com ele mesmo para garantir coerência da narrativa;
- comunicação externa do autor com seus leitores, alunos, para garantir que se possa estabelecer diálogo.
Mudanças nos conceitos ocorrem e devem ter essa dupla preocupação. Não se pode abrir mão da coerência interna em nome da facilidade externa. E nem se abrir mão da facilidade externa por algum tipo de teimosia.
Um exemplo?
Uma aluna me perguntou o que era Cognitiva.
De Revolução Cognitiva.
Percebi que era preciso ao falar de Revolução Cognitiva lembrar as pessoas que Cognição é algo relativo ao cérebro. Não é tão comum como eu imaginava.
Mais um.
Um amigo bem entranhado nos negócios me disse que os conceitos Tecnopolítica, Tecnoensino, mas atrapalhavam do que ajudavam.
Eu tirei coloquei apenas Política 3.0, Ensino 3.0, para facilitar, mas deixo claro no texto que o conceito Tecnopolítica é para lembrar que a política sempre foi tecno.
Fica embutido.
E pode ser usada com menos destaque ou nos livros ou texto que podem ser chamados de mais formais do ponto de vista da metodologia científica.
Assim, conceitos deve ser visto como ferramentas de interação com a preocupação de não ir nem tanto ao mar ou a terra!