As intermediações sociais, sejam elas políticas, econômicas, religiosas são conjunturais, pois variam conforme a Era Cognitiva.
Ou seja, as intermediações são fortemente influenciadas pelas Tecnologias Cognitivas disponíveis.
Tivemos, assim, três modelos de Intermediações sociais:
- – a intermediação oral – baseada na fala;
- – a intermediação escrita ( que podemos chamar de analógica) – baseada no texto (primeiro manuscrita e depois impressa)
- – a intermediação digital – baseada no computador (primeiro de forma centralizado e isolado e agora, com a Internet, descentralizado e interconectando pessoas).
As organizações se moldam a essa conjuntura cognitiva, pois se estabelece uma relação entre o poder de ambas as partes.
- Quanto mais as organizações conseguem impor para a sociedade os seus interesses, mais ela aumentará seu custo e reduzirá o benefício;
- Quanto mais a sociedade conseguir impor para a sociedade os seus interesses, mais ela aumentará os benefícios das organizações ao menor custo e vice-versa.
Vivemos os extremos destes dois momentos.
Ao final de um Ciclo Cognitivo, assistiremos o maior poder das organizações sobre a sociedade, um maior custo e um menor benefício. E, com a chegada de uma mídia descentralizadora, o início de um processo de reequilíbrio da intermediação.
Haverá, assim, um processo de REINTERMEDIAÇÃO, que é a passagem de um modelo de intermediação (baseada na mídia anterior) para um novo modelo (dentro da nova mídia).
Basicamente, a sociedade ganhará força e procurará novas maneiras de conseguir aumentar o benefício das organizações, criando uma nova forma de medir e cobrar seu mérito.
(Entendo mérito pela capacidade de atração pela força das ideias e ação e não pela força.)
Vivemos hoje a crise da Intermediação Analógica e a luta política do século XXI é o da implantação de um novo modelo de intermediação que melhor o custo benefício das organizações, através de novas ferramentas digitais.
É isso, que dizes?