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Note bem que precisamos entender a macro-história para falar do futuro da Educação no Século XXI.

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Estamos saindo de um movimento de contração cognitiva para um de expansão cognitiva.

Uma mídia centralizadora reforçou, ao longo do tempo, o poder dos centros, reduzindo a capilaridade das redes. Assim, as organizações se fortaleceram e passaram a definir do centro para as pontas a visão de mundo, o que se reflete em todas as áreas, criando escolas formadoras de cidadãos/consumidores, que se ajustam a esse modelo.

Este modelo centralizado cria redes menos inovadoras e cria-se um modelo de produção de conhecimento do centro com baixa participação das pontas.

É um modelo de aprendizado, que se reflete no consumo de todos os outros bens e serviços, menos diversificado, baixando fortemente a taxa de diversidade da sociedade.

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Uma Revolução Cognitiva cria um macro-movimento da espécie de descentralização, de renascença das redes, de recriação da sociedade.

Há a quebra do modelo do centro para as pontas, aumentando a participação das pontas para o centro, que passam a se empoderar de mídia.

Todo o modelo social, político, econômico e até religioso hoje está baseado no modelo de contração, com forte peso do centro em relação às pontas.

Toda a mudança que veremos neste século se dará:

  • – com o empoderamento das pontas;
  • – o enfraquecimento do centro;
  • – e a necessidade de gerar um cidadão/consumidor com mais autonomia para recriar a sociedade.

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Isso modifica bastante a política estratégica educacional.

Hoje, o modelo segue uma orientação do centro, que formula um dado conhecimento, empacota e distribui, sendo o cidadão/consumidor, apenas receptor e não participante do processo.

Isso faz todo o sentido em redes centralizadas e controladas, mas é um fracasso quando temos o movimento de expansão, pois o conhecimento começa a “vazar” de todos os lados.

Os modelos tradicionais, analógicos, do centro para as pontas, não consegue acompanhar a produção do novo conhecimento e nem formar pessoas que sejam preparadas para lidar com ele.

(Note que não considero o modelo analógico perverso, ruim. Foi o modelo possível e necessário para a conjuntura cognitiva que tínhamos, hoje, entretanto, a conjuntura mudou e temos que nos adaptar à ela)

Passamos de um conhecimento sólido, fechado e consolidador, que é feito pelo centro para um conhecimento líquido, aberto e inovador.

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Tenho dito que são duas culturas em paralelo, distintas.

E que para sua implantação precisa de espaços separados.

  • Manter o esquema atual, sem grades alterações.
  • E criar espaços inovadores, completamente separados do modelo atual, para que se experimente o novo modelo.

É isso, que dizes?

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