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Os dois novos partidos têm sido citados como a novidade na política brasileira, pois fogem do modelo de siglas sem conteúdo.

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Ando circulando pelas duas legendas, que além de quatro letras têm muito mais em comum do que se imagina.

Estamos vivendo o início de uma Revolução Cognitiva Descentralizadora.

A última igual a essa foi a chegada do papel impresso na Europa, em 1450.

Nestes momentos da história, como nos ajuda a enxergar a Antropologia Cognitiva, temos um movimento de empoderamento do cidadão que passa a ter mais voz na sociedade e inicia um profundo ciclo de inovação da espécie humana.

É um movimento que afeta a toda a espécie de maneira geral, pois no médio e longo prazo todos são afetados pelas mudanças provocadas pela nova forma de trocas humanas que passam a ser possível.

Há um movimento de descentralização de um poder para um novo modelo, que permite decidir com mais diversidade.

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Podemos analisar e comparar o modelo da monarquia e da república e vemos que demos um salto em termos de tomada de decisões por mais que ainda tenhamos falhas.

Vivemos agora a procura do novo modelo (vide manifestações de 2013) que vai nos levar a uma nova forma republicana bem diferente da atual, na qual o cidadão/consumidor terá muito mais poder de decidir não só sobre produtos e serviços, mas sobre os detalhes da sua vida, no micro e no macro.

A Rede, da qual participei desde o início, inclusive com uma palestra na data da fundação, em Brasília, há uma simpatia muito grande pelo novo modelo descentralizado e tecnológico, mas falta, a meu ver, um resgate do embasamento teórico dos liberais clássicos do passado.

E mesmo digo do Partido Novo, que é o liberalismo clássico revisitado.

(Acredito que começamos com partidos para terminar com eles no médio e longo prazo.) 

Os liberais clássicos, nada que ver com neoliberais do século passado, foram os arquitetos do modelo atual da república. O que eles fizeram?

Analisaram o modelo grego e adaptaram para um sistema muito mais complexo pós-idade média, para um mundo, a partir de 1800, com mais de 1 bilhão de pessoas.

(Devemos a eles, por exemplo, o modelo do executivo fiscalizado pelo legislativo e judiciário, que hoje no Brasil tem cumprido um relevante papel.)

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Nossa missão (liberais clássicos 3.0) agora é analisar esse esforço e recuperar o empoderamento do cidadão em uma sociedade complexa e construir uma ponte, que só será possível com muita tecnologia, que permita a descentralização do poder, social, político e econômico.

Isso se dará com a reconstrução do atual sistema econômico, que eu chamo de empresismo, mas que os críticos chamam de capitalismo, que permita construir um novo modelo que tenha com missão:

  • – energizar cada vez mais as pontas, com liberdade para  inovação, via livre iniciativa descentralizada;
  • – empoderar o consumidor/cidadão para que tenha uma voz muito mais ativa na sociedade, através da meritocracia, com cada vez mais oportunidades de consumo e não menos, como temos hoje.

Não vejo esse movimento descentralizador na América Latina na cultura marxista (nem na Espanha com o Podemos ou na Grécia com o partido de ulta-esquerda).

O marxismo e variantes da sua cultura rejeitaram as ideias liberais clássicas republicanas, não viram neles o mérito de nos permitir ter um mundo mais complexo, com um salto de 1 para 7 bilhões nos últimos 200 anos.

Sem as ideias liberais clássicas, ou não teríamos crescido tanto, ou teríamos sérias crises de abastecimento.

Este salto demográfico não seria possível na monarquia, como foi impossível no bloco comunista pelo simples fato que há uma regra da Antropologia Cognitiva que diz que quanto mais complexidade tivermos no mundo, mais descentralizado terá que ser o poder. Um fenômeno que força e pede a criação e posterior massificação de uma mídia de massa descentralizadora.

A Internet, assim, é um equilibrador sistêmico da espécie que nos permita viver com mas diversidade humana em um mundo hiper-complexo de 7 bilhões de maneiras de pensar diferentes.

  • Ou seja, a meu ver não faz nenhum sentido falar em Rede sem as ideias liberais de energizar as pontas e a livre iniciativa, fundamental para termos produção na complexidade.
  • E não faz nenhum sentido falar de liberalismo sem o uso intenso das novas tecnologias.

São os dois movimentos que vão se expandir e tomar lugar no pós-neopopulismo, que começa visivelmente a entrar em decadência.

Vivemos o fim do sonho marxista terceiro mundista e precisamos colocar outra alternativa no lugar, que seja descentralizadora do poder, eficaz na produção e que consiga criar uma possibilidade de reduzir nossas falhas humanas.

Mas nunca acreditar que viveremos no mundo perfeito.

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Um liberalismo 3.0 que seja capaz de manter a espécie viva, lidando melhor com a complexidade demográfica, que continua a crescer, com mais diversidade da sociedade nas decisões.

Tendo o problema ecológico como um dos nortes, pois é um problema fortemente econômico que precisa de uma visão inovadora para ser superado.

Soluções que permitam equilibrar complexidade, produtividade e sustentabilidade, sem utopias e sem destopias.

É isso, que dizes?

One Response to “O que a Rede e o Partido Novo têm em comum?”

  1. Ronaldo Quinto disse:

    Quem conhece a origem dos dois partidos, seus princípios e suas propostas sabe que a Rede e o Novo são como água e vinho. Eles, simplesmente, não tem nada a ver um com o outro! O Novo é sim um partido com princípios e propostas liberais, fundados por não políticos. A Rede, por outro lado, é mais um partido calcado nas idéias da esquerda, cuja idealizadora veio do PT e que concorreu à Presidência da República pelo Partido Socialista Brasileiro!!! Além disso, a Rede foi fundada por políticos profissionais para políticos profissionais. Diferentemente do Novo, a Rede é um partido criado de cima para baixo, sem uma ideologia clara! A Rede é apenas mais um partido, enquanto o Novo é um partido diferente do que existe até então e que não tem medo de se afirmar como um partido com ideais liberais. Aliás, o único do Brasil que não demanda mais estado, mais impostos, mais burocracia nas costas do brasileiro!

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