O MERCADO DAS PESSOAS
O mercado é necessário para que nas trocas, a inteligência coletiva possa definir valor e confiança das transações. Quanto mais complexo forem os processos, mas dependentes ficaremos do mercado.
http://nepo.com.br/2014/12/15/o-mercado-das-pessoas/
A complexidade atual vai exigir que todos estejamos dentro de uma espécie de bolsa de valores das pessoas.
Chamo isso de reputacionismo digital.
Reputação sempre houve, mesmo no mundo oral.
Com a informática, passamos a ser avaliados “na praça”, através dos computadores.
E agora vamos ter estrelas, curtidas, notas nos acompanhando.
Li que o projeto do Google Glass anda em crise, mas acredito que ele vai mais adiante ajudar nesse aspecto.
Você vai ligá-lo para definir que lugar quer sentar e em que mesa, como que garçom. A cada produto terá alguma referência do mesmo, pois haverá uma conexão do produto com o seu óculos. Mesmo digo no táxi, no barraqueiro da praia, no flanelinha, etc…
Hoje, já ocorre isso com o celular.
Tudo isso se relaciona à necessidade humana de lidar melhor com a complexidade.
Quanto mais gente no mundo, menos desperdício deve haver.
E toda a informação que pudermos ter para tomar decisão com mais precisão, será bem-vinda.
Assim, podemos ver quem dos nossos amigos compra um dado produto na prateleira do supermercado, e ter alguma referência.
Se não for no Google Glass vai ser de outra maneira.
Isso é o aprofundamento do lado mercado.
O mercado é necessário para que nas trocas, a inteligência coletiva possa definir valor e confiança das transações. Quanto mais complexo forem os processos, mas dependentes ficaremos do mercado.
Todos estaremos expostos à avaliação, não seremos mais empregados, escondidos por trás de muros das organizações e dos gerentes, mas seremos fornecedores, como já é hoje no Mercado Livre, na Estante Virtual ou no Taxibeat. Viveremos das boas recomendações e lutaremos para isso. É a neo-tecno-meritocracia em ação.
Será um mundo mais meritocrático e o que vai definir esse sobe e desce serão os algoritmos, aonde estará a briga de poder.
Haverá mil problemas e mil soluções.
O mundo não será pior e nem melhor, mas mais adaptado para 7 bilhões de pessoas.
É o preço que viveremos.
Seremos meio formigas deixando rastros não para ser formigas, mas para continuarmos sendo humanos.