Tirar o intermediador e não colocar a colaboração de massa no lugar não é criar um projeto 3.0, mas a Casa da Mãe Joana 3.0.
Estamos vivendo a crise dos serviços de táxis digitais.
Vejam duas notÃcias:
O que eu tenho dito é o seguinte.
VivÃamos uma governança nos serviços de táxi regulados pelas cooperativas, quando se queria um serviço especial, que não fosse pegar diretamente na rua.
As cooperativas faziam um serviço, bem ou mal, de filtro dos motoristas problemáticos, que representavam o modelo intermediado criado na sociedade de massa, desde a chegada do papel impresso.
Ou seja, a governança tinha um intermediador regulador.
Para que esse intermediador regulador analógico possa sair do circuito, você tem que colocar algo no lugar que possa fazer a filtragem dos picaretas que vão desregular o serviço, pois o mundo digital não acaba com a desonestidade, mas pode ser uma ferramenta para reduzir, de outra forma, que ela prospere.
Isso se dá na passagem da governança analógica para a digital, via reputacionismo, com o uso intenso da colaboração de massa.
No meu livro, Gestão 3.0.
Eu falava justamente dos aplicativos de táxi e apontava que o modelo só seria sustentável se adotado o critério do Taxibeat, que permitia a escolha do motorista pelo passageiro, através da experiência coletiva e compartilhada de outros usuários, como passou a ser o padrão na Internet em outras áreas, tal como Mercado Livre, Estante Virtual, Airbnb.
Tirar o intermediador e não colocar a colaboração de massa no lugar não é criar um projeto 3.0, mas a Casa da Mãe Joana 3.0.
O papel do especialista em colaboração de massa é justamente permitir que os ambientes de produção possam ser confiáveis, através da auto-gestão dentro da Plataforma Digital Colaborativa.
O especialista tem como missão, via colaboração de massa:
- – reduzir fraudes;
- – vandalismo:
- – e aumentar o grau de confiabilidade dos serviços e produtos.
A saÃda que teremos para evitar retrocessos e problemas cada vez mais graves é adotar a colaboração de massa. Um ambiente de uso de táxi  que não é cooperativa e não tem reputacionismo, é um vácuo entre dois mundos, o analógico e o digital.
O problema, para fechar, não é só de estupro e assalto, há os mais cotidianos, tal como o taxista fechar a corrida e não aparecer, e vice-versa, sem a regulação da reputação isso não será minimizado.
É isso, que dizes?