Mudou a tecno-ecologia, as novas possibilidades nos permitem pensar em um novo ambiente político-econômico.
Vivemos uma sinuca de bico da espécie.
Estamos fechando um longo ciclo de 200 anos das reformas liberais de 1800 que nos legaram a livre iniciativa e a alternância de poder para fazer frente aos senhores feudais e aos reis e papas.
Tais mudanças nos permitiram salta de 1 para 7 bilhões de pessoas, mas criaram um grave problema de governança, que foi resolvido com concentração de ideias, capital e poder para poder superar os impasses, tirando, infelizmente, diversidade das pessoas.
O liberalismo trouxe, assim, coisas maravilhosas para nossa espécie, mas chegou na sua parede, pois as inovações sociais de 1800 já deeram o que tinha que dar, pois estavam contidas dentro dos limites da conjuntura tecno-cognitiva do mundo impresso e depois do eletrônico.
O crescimento acelerado motivada por esse maior dinamismo provocou:
- – bolsões de miséria;
- – desníveis cognitivos (parte ainda é oral, parte escrita, parte eletrônica e parte digital);
- – mudanças aceleradas.
Vivemos nesse início de século três movimentos distintos:
- – um fundamentalismo do presente, que quer manter as ideias liberais sem renovação, com um forte viés financista;
- – um fundamentalismo do passado, que quer questionar as ideias liberais, como se isso fosse possível;
- – um movimento ainda incipiente e emergente de incorporar as novas tecno-possibilidades para refazer a economia e a política, como se fosse um novo tecno-liberalismo.
Uma Revolução Cognitiva como disse aqui cria uma nova espécie humana.
E como disse aqui abre as portas para uma nova Governança da Espécie.
Pela primeira vez na história, já temos capacidade de compreender as Revoluções Cognitivas e poder trabalhar de forma mais consciente com elas.
O novo movimento, podemos dizer tecno-liberal, terá que nos levar para mais um ciclo de descentralização de iniciativas e de alternância de poder, muito mais flexíveis e dinâmicos do que temos hoje.
Tanto o movimento neofundamentalista liberal como o neofundamentalista anti-liberal trabalham com a conjuntura tecnológica pré-internet, o que nos leva para um impasse.
Só haverá uma mudança radical na sociedade quando pudermos atacar os bolsões de miséria, incorporando e reduzindo os desníveis cognitivos e reduzindo o medo das mudanças aceleradas.
Isso é um novo movimento social, político e econômico que descartas as velhas ideologias do século passado que trabalhavam nas margens possíveis da tecno-ecologia vigente.
Mudou a tecno-ecologia, as novas possibilidades nos permitem pensar em um novo ambiente político-econômico.
É isso, que dizes?