Vivemos uma época de uma pré-revolução de governança da espécie.
O maior sucesso das revoluções liberais de 1800 nos criaram um mega problema.
As tecnologias sociais da livre iniciativa e da alternância de poder deram um dinamismo nunca vistos na espécie humana.
(Não confunda estas duas tecnologias sociais com o capitalismo, que são coisas distintas. Vou falar mais sobre isso depois)
A espécie humana conseguiu com este novo modelo da Governança da Espécie crescer de 1 para 7 bilhões de pessoas.
Ou seja, só conseguimos dar esse salto em função do novo modelo de Governança da Espécie.
E isso criou a crise da própria Governança, pois quanto mais complexidade demográfica, mais há uma necessidade de gerenciamento.
As crises atuais podem se resumir como uma incapacidade de gerenciamento do salto demográfico dos últimos 200 anos por mérito das novas tecnologias sociais: livre iniciativa e alternância de poder.
Quando não é possível gerenciar com qualidade, sufoca-se a diversidade para resolver o problema concentrando ideias, poder, produção, inovação.
Toda vez que concentramos poder há o surgimento do poder absoluto, que acaba se voltando para seus próprios interesses, fortalecendo o setor financeiro em detrimento dos demais.
Hoje, a participação da sociedade nas organizações é muito baixa.
Há uma crise de diversidade humana no planeta, que se reflete em sub-crises, como a do meio ambiente, da pobreza, da desigualdades, etc.
Vivemos uma época de uma pré-revolução de governança da espécie.
Estamos parindo um novo modelo de governar a espécie que qualquer nome que usemos do passado, como neo isso ou aquilo vai se perder em preconceitos.
Os movimentos pós-Idade Média queriam duas coisas:
- – resolver crises econômica;
- – e políticas.
O objetivo era descentralizar.
Se pensarmos assim, podemos dizer que nossa espécie vive os seguintes ciclos.
- – Contração;
- – Expansão.
Na expansão, aumentamos o número de habitantes, que força uma contração, que nos leva a uma crise por demandas de melhor gerenciamento.
Há, assim, um movimento de centralização quando estamos nos expandindo demograficamente;
E de descentralização para poder lidar com a expansão demográfica.
- O Século XX foi o século da contração para lidar com a crise demográfica, baixando a diversidade do planeta;
- O Século XXI será o da descentralização e da procura de uma nova Governança da Espécie.
É preciso para descentralizar termos tecnologias cognitivas, que nos permitam aumentar a participação, expandir a diversidade, sem perder a capacidade produtiva.
Chamamos os movimentos de descentralização do final do século XVIII de liberais, mas eram movimentos descentralizadores de poder e capital, comparados com a monarquia e o feudalismo que vieram combater.
Desse ponto de vista, o movimento agora poderia se chamar de um novo movimento ou o real movimento neoliberal e nominar o movimento neoliberal do passado como o movimento neofinancista, pois havia algo de descentralização dos antigos poderes estatais, mas não houve descentralização social, mas apenas mudança de controle.
O que temos que inaugurar é um movimento que crie o novo, através das novas tecnologias, que permitam criar uma nova Governança da Espécie.
É isso, que dizes?
Fiz um áudio em que detalho mais o tema: