Muita gente olha para o mundo e vê um futuro sombrio.
Isso por que está com um olhar indutivo.
Olha para o que sente.
Eu trabalho com o olhar dedutivo.
Olho para o que estudo.
Meus estudos mostram que vivemos uma Revolução Cognitiva Digital.
E chegamos com ela ao fim de um longo ciclo de concentração de ideias, de capital, de poder, de iniciativas, de inovação e tudo que quiser colocar dentro.
Este ciclo denota o seguinte impasse:
- – aumentamos tremendamente o número de pessoas;
- – aumentamos, portanto, a diversidade;
- – mas não tínhamos instrumentos para processar essa diversidade;
- – por isso, sufocamos a diversidade para nos manter produtivos.
Existem três movimentos que vão caracterizar as próximas décadas:
- – um movimento fundamentalista, que quer voltar a origens antigas, completamente incapaz de lidar com a complexidade, isso vai criar muito sofrimento;
- – um movimento conservador que quer manter o mundo do jeito que está e impedir que os novos ambientes tecno-econômicos e políticos se disseminem;
- – e o novo movimento tecno-político, que será a verdadeira vanguarda.
Posso afirmar, com certeza, que quem vencerá é o último por mais tempo, sofrimento, sangue, contradições que isso possa levar.
Nossa espécie sempre optou pelo caminho do menor esforço.
Não há outro jeito.
Hoje, se a maior parte dos países optou pelo modelo empresista-republicano é justamente por ser o que mais tem a oferecer para lidar com a complexidade.
Temos, entretanto, outro modelo ainda mais sofisticado e melhor.
O que junta o empresismo e a democracia com mais horizontalidade.
Muitos dirão que estou defendendo um mundo melhor.
Mas não é bem isso.
Temos que criar um mundo mais compatível com 7 bilhões de habitantes.
Não será um mundo justo, mas será mais adaptado aos problemas que temos pela frente.
Isso já está em marcha, dentro da área de inovação, que é onde o movimento político mais avança sem ter esse nome.
O futuro será mais adaptado aos 7 bilhões.
O problema é que temos um longo caminho até ele virar hegemônico.
E as próximas décadas serão difíceis, entre estes três pólos, que já, de alguma forma, apareceram nesta eleição: com Marina, Aécio e Dilma.
É isso, que dizes?