Há uma relação vital para entender o conceito de capacidade de lidar com a diversidade das pessoas.
Diversidade significa aumentar nossa capacidade de lidar com ela.
Mais gente = mais diversidade.
Quando temos formas de lidar com a diversidade, podemos abrir nossos ambientes sociais, quando não temos precisamos fechar.
Diversidade, assim, gera basicamente um problema de processamento de dados.
Quanto mais um sistema é padrão e uniforme, mais fácil é para lidar com ele.
Minha tese sobre o mundo é que quando aumentamos a complexidade demográfica, vamos necessariamente precisar:
- – ou reduzir a diversidade pela incapacidade de processar dados;
- – ou criar novas ferramentas para processar dados que permita lidar com mais complexidade.
A crise mundial dos últimos dois séculos foi justamente o aumento da complexidade demográfica sem a capacidade de mudar de forma mais consistente a capacidade de processar a nova diversidade emergente.
O que fizemos?
Sufocamos a diversidade, centralizando poder, ideias, capital, iniciativas, criando um mundo mais padronizado que nos permitisse viver nele.
A Internet e seu novo poder de processamento de dados, através da comunicação matemática, reputacionismo e colaboração de massa passaram a permitir sair desse impasse.
Hoje, podemos processar mais dados, garantindo que possamos processar mais diversidade, saindo do impasse padronizador do século passado.
A grande revolução que temos que promover é incorporar novo potencial de processamento de dados para criar diversidade com sustentabilidade produtiva e ecológica.
Note que o processamento de dados implantado, até antes da Internet, era todo de dentro para dentro das organizações, pois não permitia a horizontalização e o aumento de poder do cidadão e do consumidor.
O processamento de dados até antes da Internet era padronizador.
Com a colaboração de massa, com a comunicação matemática e o reputacionismo, temos agora a possibilidade de um processamento horizontalizador, que permite o aumento do processamento da taxa da diversidade.
Ou seja, é um processamento inclusivo e não reprodutor de um padrão.
A colaboração de massa é a saída.
No Brasil, tivemos as manifestações de 2013 que apontaram nessa direção, mas não tivemos capacidade, ainda, de transformar latência em projetos políticos.
Mas chegaremos lá.