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Não haverá num mundo com 7 bilhões de habitantes nada que vai funcionar se não houver mais e mais descentralização sem a perda de produtividade com uso cada vez maior de tecnologia.

Como disse aqui há um renascer do conceito esquerda e socialismo em toda a América Latina:

http://nepo.com.br/2014/11/10/quando-os-conceitos-saem-do-estagio-passivo-para-ativo/

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O termo “socialismo do século XXI”, conforme o Wikipédia tem pai biológico.

É o pensador alemão Heinz Dieterich, que assessorou Chávez no conceito.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo_do_s%C3%A9culo_XXI

Segundo o Wikipédia o termo tem como premissas:

  • Equivalência econômica, que deverá ser baseado na teoria marxista do valor-trabalho e é determinada democraticamente por aqueles que criam diretamente valores, em vez de os princípios da economia de mercado;
  • A democracia da maioria, que faz uso de plebiscitos para decidir sobre questões importantes que afetam a sociedade como um todo;
  • Democracia de base, com base nas instituições democráticas como representantes legítimos dos interesses comuns da maioria dos cidadãos, com uma protecção adequada dos direitos das minorias;
  • O assunto de forma crítica e responsável, aos cidadãos de forma racional, ética e esteticamente auto-determinada.

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Note que várias propostas do atual governo batem com a premissa desse novo “socialismo”. A aplicação do conceito, entretanto, tem sido adaptada ao gosto do freguês. Existem três governos que aderiram mais ao conceito: Venezuela, Equador e Bolívia. E deixou de ser algo isolado, mas passou a ser uma proposta de atuação em todo o continente, que é aplicada com maior ou menor intensidade.

Procura-se, assim, resolver os problemas do século passado do capitalismo versus o comunismo com algo no meio.

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A ideia de uma economia regulada democraticamente “por aqueles que criam valor”.

Parte-se do princípio equivocado de que:

– quem não cria o negócio não gera valor;
– que apenas quem trabalha que gera valor;
– que o valor gerado pelo mercado não é democrático;
– de que a intervenção das pessoas para gerar o valor não vai tirar o dinamismo das trocas.

A experiência, digamos, deveria dar super certo na Venezuela que iniciou a experiência, porém não está dando.

  • Houve uma concentração de poder, reduzindo o espaço democrático;
  • Está faltando produto, pois tirou dinamismo das trocas e enfraqueceu a rede produtiva;
  • O modelo da representação direta é ainda menos democrática do que o sistema dos representantes eleitos, por mais problemas que estes tenham.

O problema do “socialismo do século XXI” como também o que podemos chamar de movimento liberal ou neoliberal do novo século é a incompreensão do papel das tecnologias para ampliar os limites que temos como espécie.

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As críticas ao capitalismo sejam feitas de um lado ou de outro trabalham ainda com as limitações das tecnologias cognitivas do século passado, com as redes produtivas, de troca e de conhecimento que tínamos antes e não as novas, que ampliam nossos limites.

Nossa representação hoje pode ser mais descentralizadas, bem como a produção pode ser também descentralizada, sem perder a vitalidade, como ocorre quando se questiona as “leis do mercado”.

Há, assim, um falso embate que continua procurando achar uma junção de duais coisas que já duelaram no século passado e não conseguiram se entender.

Não haverá num mundo com 7 bilhões de habitantes nada que vai funcionar se não houver mais e mais descentralização sem a perda de produtividade com uso cada vez maior de tecnologia.

O socialismo ou o liberalismo do século XXI é um tecno-projeto de inovação que nos leva a procurar novas alternativas, diante de novas fronteiras e não das velhas.

Tanto o socialismo do século XXI como o liberalismo não terão futuro se não compreenderem que o mundo hoje permite novas possibilidades.

É isso, que dizes?

 

One Response to “O socialismo do século XXI é um conceito vago e impreciso”

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