Os atalhos são mais fáceis de serem compreendidos, mas sempre vão esbarrar na entrega final dos produtos e serviços diante da complexidade.
A vida humana na terra não é fácil.
A cada dia temos que produzir 21 bilhões de pratos de comida para 7 bilhões de pessoas.
Para isso, há um gigantesco aparato produtivo, mas que é invisível para a maioria.
O nosso cérebro tem uma capacidade incrível. Tudo que é cotidiano é considerado “natural”, legítimo, estabelecido, como se fosse algo “da natureza”.
Não se vê como um esforço e algo que é construído e elaborado pela sociedade humana que pode ir para frente, melhorar, ou ainda, ir para trás, regredir.
Depois de tantos séculos teríamos que aprender algo, mas essa invisibilidade do esforço humano pela sobrevivência nos traz problemas.
Pois aliado a esse esforço há os desequilíbrios do caminho, o que faz com que se crie injustiças que são mais visíveis.
Assim, quem luta contra as injustiças do sistema produtivo tem uma vantagem. Pode bater à vontade nas injustiças e apostar que as pessoas não vão ver o mérito do sistema, da entrega já considerada invisível.
Só nós damos conta da invisibilidade quando o sistema produtivo perde seu dinamismo, não consegue mais entregar o que promete.
E aí passamos a ter dois problemas:
- – da produção;
- – e das injustiças.
Esse difícil equilíbrio é o desafio da espécie diante da complexidade.
Os atalhos são mais fáceis de serem compreendidos, mas sempre vão esbarrar na entrega final dos produtos e serviços diante da complexidade.
É isso, que dizes?