Muita gente tem a ilusão que o Facebook é um ambiente de conhecimento.
Não é.
O Facebook é uma rede de relacionamento. Vem para resolver a latência de pessoas por proximidade, algo que foi roubado nas grandes cidades. Nada muito além disso.
Quando percebi isso, saí de todos os grupos e isolei todos os pseudo-amigos que querem apenas impor a sua conversa sobre os demais.
No meu bar quero apenas pessoas que eu me sinta bem.
Para um espaço de conhecimento é preciso:
- – que todos estejam focados na solução de um dado problema;
- – que todos queiram, de forma aberta, a procurar soluções para ele;
- – que todos considerem que os outros possam colaborar, com suas visões, nessa direção;
- – que haja regras de conversa baseada em argumentos e contra-argumentos.
Um ambiente de conhecimento deve ser um espaço sagrado.
Quando percebi que criar um espaço de conhecimento no Facebook era algo impossível resolvi criar um sub-Facebook, onde criei o Clube do Nepô, quando consegui juntar pessoas que estejam dispostas a debater as minhas pesquisas.
Ou seja, só existe o diálogo eficaz em lugares preparados para isso. E que precisam ser muito bem conduzidos para poder promover a troca de ideias.
O Facebook é, portanto, uma rede de relacionamento, que tem ta,bém muito de informação, como em qualquer festa quando se fala de um médico ótimo para coluna.
Ali, tem gente com papo mais cabeça, ou uma mesa mais intelectualizada e outra mais da bagunça, dos pets, dos artistas, etc…
Tem de tudo, mas é sempre um bar, em que o papo é solto e descontraído, não se pode esperar nada além disso.
Ou seja, o relacionamento permite que haja conhecimento, mas este não é o foco principal.
Você tem que se sentir bem no Facebar e não se incomodar nenhum pouco de afastar pessoas com as quais não quer mais tomar uma cerveja.
Ser amigo de alguém é um co-privilégio, com regras mais ou menos claras, se alguém começa a atrapalhar o papo na mesa de bar, não vacile, defenda a sua linha balcão do tempo.
Discretamente coloque-a de conhecido ou desfaza a amizade.
(Hoje, todos os meus posts são feitos apenas para amigos, menos conhecidos. Conhecidos são aqueles que eu não quero ser indelicado, mas não quero mais que frequentem a minha linha do tempo. Ela é minha, eu planto, corto, capino e tenho todo direito de estabelecer quem vem para a festa.)
É isso, que dizes?
Interessantes suas considerações. Notei o mesmo. Postei uma série de informações, eventos, cursos, atividades de linha intelectual, outras na linha esportiva, ecológica, e até na linha gastronômica mas as manifestações são mínimas e não acrescentam contribuição. Por outro lado que penso que um blog, por mais inteligente que seja, pode ocorrer de demandar muita dedicação e ter pouco retorno em conteúdo.
Realmente, estou perplexo porque esperava mais da Rede.
O Fb é um bar? Pode ser e como bar pode ser um do tipo em que as pessoas vão pra desfilar, pra entrar e sair sem muito ver e muito pra querer serem vistas. Não vão pra pândegas, muito menos pra uma bebedeira solitária com o barman/ a bartender. Ou até pensam que vão, seja com uma verborragia própria ou apenas de papagaio de pirata; seja com a esperança de que resolverão as questões de relacionamentos; seja até com a sensação fluida de que sua identidade virtual lhe satisfaz, lhe basta e o que (re)produz/ coleta de informações por lá lhe completará, tal qual livros de cabeceiras. E, que seja, tem pra todos, há quem goste. Bares existem aos borbotões e o Facebook é dos mais metidos à besta, o da modinha, o q o povo vai, vai ver porque acha q tá bebendo de graça ou faz fiado e nem pensa que terá de honrar dívidas lá adiante.