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O cooperativismo como a saída para a crise política brasileira
http://nepo.com.br/2014/09/22/o-cooperativismo-como-a-saida-para-a-crise-politica-brasileira/

Hoje, estamos nos aproximando de um impasse.

Temos dois movimentos na sociedade que eu resumiria da seguinte forma:

– PT, o povo sem elite;
– PSDB, a elite sem o povo.

Obviamente, que tal visão é grosseira e pega muito as pontas dos dois movimentos, mas resumiria bem os extremos.

Marina ao propor algo no meio procura apontar uma nova saída para resolver o problema da desigualdade, sem perder de vista o problema da complexidade.

Note que quando vamos para soluções simplistas, do tipo:

– elite sem povo perdemos perdemos em diversidade;
– e povo sem elite temos que fingir que não existe complexidade.

(Já disse que no discurso da Luciana Genro, por exemplo, imaginamos que produtos e serviços nascem em árvores.)

Ambos os movimentos precisam de uma nova via.

E a nova via é a tecnologia, que abre novas possibilidades.

Diria que não é o capitalismo que nos levou a atual concentração de poder e renda.

O que nos levou a essa concentração foi:

– o aumento populacional de 1 para 7 bilhões;
– e as impossibilidades tecnológicas para lidar com ele.

Quando temos aumento de complexidade e não temos novas tecnologias de participação, necessariamente teremos concentração.

Temos agora uma nova possibilidade aberta com as inéditas Tecnologias Cognitivas. que é a de lidar com a complexidade com mais diversidade, que pode ser vista nos projetos emergentes participativos.

Quando eu defendo a candidatura Marina sei que ela está com um pé nesse caminho, a partir do prefácio que fez do livro do Rifkin, que detalhei aqui:

http://nepo.com.br/2014/08/15/o-lado-3-0-de-marina-silva/

Ou seja, é utilizar a fundo o digital para romper os impasses do século passado, criando um novo ambiente político e econômico que consiga lidar com a complexidade, garantindo a diversidade.

É o que chamei de cooperativismo, baseado em unidades pequenas de negócios, articuladas em grandes plataformas digitais, que praticam a Colaboração de Massa e o Reputacionismo Digital.

Criando condições de descentralizar o capital, como antes não era possível.

Achei que tais iniciativas iram surgir de países desenvolvidos, mas estava enganado.

Quem mais precisa de algo assim, hoje, de forma urgente, são os países de Terceiro Mundo que ainda vivem o impasse do século passado, capitalismo x socialismo.

Para que tenhamos tranquilidade e paz, e união, precisamos apontar para ambos os lados uma saída sem perdedores ou vencedores de algo que consiga apontar para elite com povo e povo com elite.

É uma tarefa difícil e árdua, mas é a única possível.

Independente o resultado da eleição, urge que novos movimentos políticos tenham como eixo central o Cooperativismo e a República Digital como proposta para sair do impasse do século passado.

Isso nos permite sair do impasse que temos hoje de forma negociada.

Bora?

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