O ser humano tem duas dimensões:
- – a percepção – aquilo que achamos que é a vida;
- – a vida – aonde a nossa percepção encontra uma parede.
Ou seja:
- Quem vive só dentro da vida e não alimenta a sua percepção tem dificuldade de inovar, pois está intoxicado de vida.
- Quem vive só dentro da percepção e não a confronta com a vida tem dificuldade também de inovar, pois está intoxicado de percepção.
Mudar significa necessariamente lidar com a frustração, pois precisamos rever a nossa percepção e aceitar que algo que achávamos que era a vida pode ser de outro.
Frustração, no fundo, é aceitar os limites que a vida dá na percepção. Ou para limitar nossa onipotência, não podemos algo. Ou ampliar nossa impotência, podemos muito mais do que achávamos.
Isso é a potência.
Inovação é saber lidar com a potência modificadora.
- Os sonhadores acham que as mudanças serão 100% do seu jeito;
- Os práticos acham que as mudanças não poderão acontecer, pois vão tirar o seu chão.
Geralmente, pessoas que criticam processos de mudança atuam em um destes dois lados.
Os inovadores têm que saber lidar com a sua frustração interna e com a dos outros dois perfis:
- – os que se lutam contra o futuro de forma dogmática;
- – ou os que lutam contra o passado de forma dogmática.
A principal arma do inovador é conseguir enxergar a força principal da mudança, que nos leva para uma redução de sofrimento da sociedade. Essa é a bandeira e a bússola do barco chamado ética.
Tem que saber identificar os perfis que virão contra a inovação, trafegar entre os dois e fazer pontes para avançar.
É isso, que dizes?