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Complexidade Demográfica gera latência de processamento de dados.

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Quando uma pessoa nova vem ao mundo ele traz demandas de produtos e serviços e isso gera, por sua vez, a necessidade de processamento de dados. Demandas geram números (dados objetivos) e palavras (dados subjetivos) que precisam ser processadas por alguém (geralmente organizações) para atendê-las.

Assim, o aumento da Complexidade Demográfica pressiona o Ambiente Cognitivo a se aperfeiçoar para poder processar melhor números.

Não é à toa que o aumento radical da Complexidade Demográfica nos últimos 200 anos nos trouxe a necessidade da explosão dos serviços de processamento de dados, de grande, de micro, do processamento isoladamente e depois em rede com maior velocidade de tráfego dos dados cada vez mais barato.

O que chamamos de BigData 3.0 pode ser vista em duas frentes:

  • Mais dados a serem processados – fato e não modismo;
  • Novas formas de processar estes dados – outro fato e não modismo, o que nos leva para o conceito da Governança Digital, ou Governança 3.0.

Descobri  que o primeiro movimento que acontece na sociedade quando temos um aumento radical da Complexidade Demográfica é a tentativa de reduzir a quantidade de palavras circulantes.

Há uma tentativa de abafar a diversidade como uma necessidade sistêmica, reduzindo a subjetividade, tirando das pessoas o poder da palavra. Menos palavras, menos processamento. E procura-se saídas centralizadoras para solução de problemas. É uma compensação para lidar com a complexidade de uma forma, digamos, autoritária, mas possível.

Não é à toa que no século passado, tivemos muitas tentativas de impérios totalitários.

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Números são mais fáceis de serem processados, palavras não. Palavras exigem um tipo de processamento muito mais sofisticado, até o momento humano.

Assim, evoluímos nas últimas décadas com o processamento da complexidade dos números e não das palavras.

Criamos e vivemos, assim, uma PROFUNDA crise de comunicação justamente pela incapacidade das organizações poderem conversar com o cidadão/consumidor e estimulamos, via educação, uma incapacidade comunicativa, que nos leva a uma incapacidade abstrativa e de criatividade. Todos nós fomos educados para falar pouco, não pensar com a própria cabeça, ter baixa capacidade de abstração e muita dificuldade de dialogar.

A base da nova Governança Digital é a introdução de um novo e inusitado processamento de dados das palavras, ampliando a capacidade subjetiva da sociedade.

Os algoritmos online, ou o que estamos chamando de Comunicação Matemática, permitem que as organizações possam reabrir o diálogo com seus consumidores/cidadãos de forma sustentável, pois a rede digital permite um novo tipo de diálogo.

A passagem das ações humanas para as telas e, por sua vez, para bancos de dados permite materializar o que estava no ar. Palavras e atos são transformados em 0 e 1, passam a ser binárias e permitem que comecem a ser  manipuladas pelos programas.

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Há uma novíssima materialização, através de rastros, das relações humanas online, o que permite que haja um aumento da possibilidade do processamento das subjetividades como nunca antes pudemos ter.

Exemplos?

Nuvens de tags, que pode se saber o que está mais em voga em um determinado lugar:

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Ou o que está mais sendo discutido nas redes:

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Ou o que é mais pesquisado em um mecanismo de busca:

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O processamento das palavras vai na direção da tentativa de qualificar o que antes não era possível de ser qualificado e isso nos leva ao uso do uso intenso dos Rastros Digitais Involuntários (quantidade de cliques e ações dos usuários) e Voluntários (aquilo que você classifica para que outros possam acessar) para conhecer o que antes era quase impossível.

Isso tem um potencial enorme, pois abre uma porta, para os que querem usá-la, para poder ampliar a diversidade humana nas decisões sem perder sua eficácia em termos de custo/benefício.

Esta nova capacidade de Processamento de Subjetividades faz com que um conjunto enorme de dados que estavam na sombra possam a ser usados para a tomada de decisões.

Havia um processamento da Complexidade que era antes impenetrável que agora passa a ser mais transparente, permitindo que entremos em um novo Ambiente Humano, quando temos mais capacidade de processar uma maior diversidade humana, o que antes era praticamente impossível.

A base da nova civilização é, assim, essa nossa nova capacidade de processar subjetividades, que antes eram impenetráveis para a tomada de decisões.

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Isso torna o sistema mais permeável à uma humanidade antes perdida, menos numérica e mais subjetiva. Isso, entretanto, não é um ato cultural que vem do humano para o humano, pois já vimos que somos uma Tecno-espécie. Tal passagem só vai ocorrer com o uso intenso do processamento da Subjetividade, através da Comunicação Matemática, que permite que possamos nos comunicar mais e melhor com mais gente, através da Colaboração de Massa, via Rastros Digitais.

Com isso, podemos criar valores subjetivos, onde antes não era possível, qualificando produtos, serviços e pessoas, um Reputacionismo, algo fundamental para organizações mais dialógicas e mais líquidas com o diálogo com a sociedade.

 

É isso, que dizes?

One Response to “O Processamento da Subjetividade, via Comunicação Matemática”

  1. […] Comunicação Algorítmica Colaborativa ou Comunicação Matemática – só possível dentro de Plataformas Digitais Colaborativas, que produzam registros dos usuários de forma voluntária e involuntária gerenciados por algoritmos, que geram relevância e valor  – ver mais aqui – 08/05/14 – Comunicação Matemática, ver aqui; […]

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