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Pensar com a própria cabeça é algo difícil.

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É uma prática que envolve entre outras:

  • – exercício lógico;
  • – capacidade de identificar forças;
  • – comparar forças;
  • – saber ouvir;
  • – saber se expressar;
  • – criar espaços de diálogo eficaz.

Isso ocorre de formas mais fácil quando temos descentralização de ideias, pois esse tipo de atitude passa a ser cada vez mais incentivada.

Hoje, vivemos a situação contrária.

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Diagnostico que estamos vivendo o fundo do poço do final da Contração Cognitiva do século passado, que criou um modelo de governança centralizado, espelhado nos ambientes de comunicação e difusão do conhecimento verticalizados.

Criamos e fomos educados para seguir pessoas que pensavam por nós.

E fomos domesticados para obedecer as ordens sem muita discussão.

Esse modelo mental é incompatível com um mundo de ideias descentralizadas quando precisamos identificar argumentos mais ou menos consistentes para filtrar o que recebemos.

Aprendemos a aceitar as verdades não pela força dos argumentos, mas por quem diz os argumentos, mesmo que não sejam consistentes. É um conhecimento muito mais pautado pela fumaça do que pelo fogo.

APRENDENDO A PENSAR COM A PRÓPRIA CABEÇA

Nossa espécie, no fundo, está saindo de um Modelo Mental moldado para seguir e repetir do que pensar, repensar e criar.

Precisamos fazer um esforço gigantesco educacional para:

  • – deixar de ensinar a seguir e repetir;
  • – para um que possa nos levar à autonomia de pensamento.

O problema, por exemplo, no Brasil não é apenas de educação, mas é duplo:

  • – é a falta de qualquer educação formal;
  • – e acrescido da educação para a autonomia.

Meus alunos têm a seguinte dificuldade:

  • – de conversar entre eles e comigo;
  • – de se expressar;
  • – de saber argumentar;
  • – de ouvir;
  • – de conseguir formular um pensamento novo e coerente;
  • – e, o mais difícil, agir a partir dessa novo pensamento depois que a aula acaba.

(E note que dou aula apenas em pós-graduação. Ou seja, já recebo na ponta anos e anos de educação repetidora.)

Tive um aluno que me disse que nunca haviam, até aquele momento, com 25 anos, pedido a sua opinião em sala de aula. Triste!

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Precisamos criar um modelo de ensino que atue nestes três parâmetros:

  • – ao mesmo tempo que possamos passar o legado humano;
  • – criar autonomia de pensamento de como se pensa esse legado, utilizando as ferramentais cognitivas mais sofisticadas, com foco em solução de problemas;
  • – e incentivar que haja ações a partir desse novo pensamento autônomo, viabilizando e incentivando o espírito empreendedor.

Esse é o gap GIGANTESCO que temos que introduzir como parâmetro para a mudança que queremos.

É isso, que dizes?

One Response to “A nossa gritante incapacidade de pensar com a própria cabeça”

  1. Eric disse:

    Qual a sua sugestão ou o que você utiliza para que seus alunos aprendam a pensar com a própria cabeça ?

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