O cérebro não consegue se comunicar sem uma linguagem.
Até tenta, mas esbarra na dificuldade do outro de compreender o quer dizer.
A linguagem (de várias formas) veio para permitir que se estabelecesse critérios para que o barulho de um cérebro pudesse ser entendido por outro.
(Ou, no caso da arte, ser muitas vezes propositalmente incompreendido.)
A linguagem, entretanto, não é uma coisa única quando colocamos uma lupa nela.
A linguagem é um conjunto de códigos combinado entre as partes.
Podemos dizer que a linguagem é o conjunto de elementos que permite que possamos nos comunicar e nos entender.
Existem várias sub-linguagens: da arte, libra, idiomas, visual, oral, escrita.
Para que uma linguagem qualquer seja possível se estabelece códigos, que são sinais que o cérebro aprende a conhecer que somado no conjunto formam o conceito de uma ou mais ideias.
Os códigos são as partes que compõe uma sub-linguagem que formam uma linguagem maior que é a que os humanos precisam para viver em sociedade.
Assim, quando falamos de qualquer Ato Cognitivo estamos, na verdade, trocando códigos de um lado para o outro, que ao serem recebido forma uma dada ideia, mais ou menos próxima da intenção original.
Assim, se colocarmos um microscópio nos códigos nos vamos ver que existem, pelo menos, dois:
- Os códigos humanos são aqueles que aprendemos a conhecer para nos entender;
- Os códigos tecnológicos são aqueles que as Tecnologias Cognitivas se utilizam para transmitir nossos códigos.
Quando transmitimos um programa de rádio o locutor fala um código humano compreensível por aqueles que dominam aquela sub-linguagem.
Porém, entre o que ele fala e quem escuta há que se fazer uma transmissão.
O código humano precisa ser transformado em Código Tecnológico que será “empacotado” e será “desempacotado” para virar de novo um Código Humano compreensível no rádio da pessoa que está ouvindo o programa.
Quando temos um encontro presencial de conversa entre poucas pessoas, não há necessidade de se transformar o Código Humano em Código Tecnológico.
Há, porém, algo importante.
O Linguagem oral, por exemplo, não é “natural”, pois ela foi desenvolvida no tempo e precisa ser ensinada.
Eric Havelock defende que é também uma tecnologia, pois foi desenvolvida.
De qualquer forma, podemos dizer que os códigos humanos são códigos que conseguimos produzir e receber apenas com os nossos corpos, quando não temos problemas que nos impedem.
E isso viabiliza quando estamos juntos estabelecer uma linguagem sem tecnologias adicionais.
Não, há assim, uma Tecnologia Cognitiva que transforma o código humano para o tecnológico.
É isso, que dizes?