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Vimos aqui o seguinte.

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Que o que rege e define a história da espécie é a Complexidade Demográfica, que fica pedindo uma Governança da Espécie compatível.

As organizações acabam a ter que se ajustar a nova Governança da Espécie com o tempo.

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Temos, assim, a seguinte ordem lógica de mudanças:

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Isso demora um tempo, mas a competição fará com o que os modelos de Governança Organizacional mais compatíveis com a nova Governança da Espécie sobrevivam ao tempo.

Assim, se queremos ver para onde vão as organizações, teremos que entender as linhas gerais da nova Governança da Espécie.

Note que elas não são uma camisa de força.

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Teremos vários modelos influenciados por ela.

Vejamos o que consigo ver até o momento:

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Modelo de comunicação – estamos saindo do uso intenso da comunicação dos mamíferos para incorporar TAMBÉM a dos insetos. Note que não usaremos apenas a dos Insetos, mas também a dos insetos, isso é importante.

  • Qual a diferença?
  • Os mamíferos não deixam rastros. Os insetos deixam.
  • Dizer, digamos, que o leão não urina em alguns lugares para demarcar território seria uma mentira. Usam algum tipo de rastro, mas note que não é o centro do modelo produtivo, como é o caso das formigas.
  • O epicentro do formigueiro, que lida com uma quantidade de membros muito maior, são os rastros. E isso é o novo que está na Governança da Espécie e irá mais e mais ser usado pelas organizações.

Os rastros podem ser vistos nas estrelas, comentários, curtições, que permitem, de forma simples e barata, que sejam qualificados serviços e produtos, deixando que o consumidor possa dizer para o outro de forma simples e barata o que achou do serviço. Isso é o uso da comunicação dos insetos nos negócios.

Modelo de controle: as organizações atuais trabalham com um bloco, um monolito. As qualidades e defeitos são avaliados de dentro para dentro. Um gerente pune ou promove um funcionário que atendeu mal ou bem um cliente.

  • Há um líder-alfa que coordena. E todos conhecemos os limites e problemas que esse modelo tem causado em termos de distorções da capacidade de gerar produtos e serviços melhores.
  • Um usuário, assim, hoje quando olha para a organização a vê como uma estrutura só em que o funcionário é um representante daquela estrutura. A tendência é a organização ficar mais invisível, criando uma rede de fornecedores que lidam com o cliente e sobem e descem em termos de mérito e demérito, conforme a avaliação do cliente.

Vejamos a figura.

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  • Há um gestor que avalia, conforme os problemas relatados pelos clientes, via estruturas de atendimento (caras e ineficientes) como está a performance interna. Méritos e deméritos são avaliados por este gestor, que filtra, conforme critérios internos.

O modelo abaixo mostra uma outra tendência:

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As organizações que praticam a Governança Digital e, por sua vez, a Gestão Digital, procuram virar a raiz de forma a colocá-la horizontal e visível para a sociedade.

Como isso é possível?

  • – cria do zero ou organiza redes de fornecedores externos, que passam a ser os antigos colaboradores, mas agora estão do lado de fora;
  • – colocar estas redes de fornecedores para serem avaliadas pelos clientes, via Colaboração de Massa;
  • – e deixam que o fluxo defina quem tem mérito e quem não tem mérito em Plataformas Digitais Colaborativas.

Outro ponto relevante da nova Governança da Espécie é o Patamar de Princípios.

  •  Note que determinadas práticas da sociedade são feitas por que a sociedade aceita que sejam feitas, não pela sua lógica, mas pela incapacidade da sociedade em se revoltar contra elas.

Tais aceites são feitos por:

  • – falta de informação;
  • – baixo adensamento afetivo-cognitivo (isolamento de pessoas);
  • – incapacidade de articulação para organizar mudanças.
  • Assim, quando temos uma Revolução Cognitiva o Patamar de Princípios praticados tende a se elevar. Note que não estou falando que ele fica imóvel, pode ter recaídas, mas de maneira geral alguns princípios adotados passam a valer como hegemônicos.

(Obviamente, que isso depende de termos uma estabilidade social, não vivermos grandes cataclismas, etc, se tivermos o mesmo modelo de sobrevivência isso vai sendo incorporado como prática geral da espécie).

O conceito do lucro pelo lucro, por exemplo, é um Patamar de Princípio que dificilmente sobrevive em um mundo mais transparente. As organizações têm que começar a colocar princípios nas suas atividades, como começam a falar sobre isso – foco no cliente ao invés de “facada no cliente”.

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Por fim, a Hierarquia da Rede.

  • Note que hoje as autoridades são mais fixas, mais permanentes. Quando alguém ascende a um posto tende a ficar mais tempo.
  • Na nova Governança a permanência como “autoridade” será muito menos fixa e sólida, e muito mais dinâmica e líquida, pois não estará sujeita à aprovação de quem está acima, mas de quem tem interesse que a coisa funcione, que é quem está do lado de fora – o cliente interferirá mais nesse sobe e desce.

Seria, até o momento, o que me ocorre para que possamos traçar as macro-tendências da nova Governança da Espécie.

Note que estas são tendências que já são práticas em várias organizações nativas, que aderiram ao novo modelo de Governança da Espécie.

O mais importante, volto a dizer, não haverá um modelo de Governança Digital único, mas será adaptado a cada tipo de organização de forma distinta, atendendo, entretanto, estas diretrizes de maneira geral.

É isso, que dizes?

2 Responses to “A nova Governança Digital”

  1. […] práticas de princípio que eram aceitas, deixam de poder, como é o caso da escravidão –  ver mais aqui – […]

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