Fiz uma revisão aqui dos conceitos.
Vimos que podemos e devemos trabalhar com duas ciências que têm metas diferentes.
- Esse debate é importante, pois a discussão sobre epistemologia tende a trabalhar com a ciência como se tivesse sempre o mesmo objetivo. Fica também uma discussão como se chegar a verdade.
- E os pragmáticos ou empiristas defendem o conceito de ciência em torno de problema.
- A questão, entretanto, a meu ver, é de observar que o ser humano trabalha com duas angústias distintas que o move a conhecer e isso nos traz duas ciências.
A saber:
- Uma que transforma a realidade em que as ações terão um resultado prático mais adiante seja na melhoria da visão ou de ação diante de um problema real do qual podemos agir sobre ele.
- Outra que só a observa, pois, até um dado momento, não interfere no seu objeto de estudos.
Assim, estava chamando de Ciências da Curiosidade e da Sobrevivência, mas acho que são angústias da Curiosidade e da Sobrevivência que nos move, mas as ciências podem ser chamadas de outra maneira:
- – dos assuntos – que apenas são observados não passíveis de transformação;
- – dos problemas – que podem ser alterados.
Quando tiver uma determinada pesquisa deve-se perguntar.
O tópico a ser estudado permite alteração?
- Se sim, trata-se de um problema que pode ser alterado que visa em alguma instância suprir a angústia da sobrevivência.
- Caso não, como os buracos negros no céu, o estudo da história antiga, dos hábitos dos golfinhos, estamos diante apenas de um assunto que visa suprir a angústia da curiosidade.
Esta definição vai ser bastante útil quando?
A saber:
- Na métrica para avaliação do resultado do trabalho;
- O modelo de repasse do conhecimento.
Assim, podemos dizer que:
Nas Ciências dos Assuntos, temos:
- Métrica – análise da linguagem, através de lógica mais ou menos consistente entre a consistência (interna e externa);
- Repasse do conhecimento – tende a ser mais vertical e conteudista, pois o que vai ser repassado são dados e informações de observações do qual a turma será mais passiva diante do tópico a ser estudado.
Nas Ciências dos Problemas, temos:
- Métrica – análise da linguagem, através de lógica mais ou menos consistente entre a consistência (interna e externa) + melhoria de visão e ação nos produtos e serviços que serão gerados. O que nos permite aqui trabalhar mais com a Sofrimentologia;
- Repasse do conhecimento – tende a ser mais horizontal e participativo, pois o problema abre para diversas possibilidades de solução e pode-se ter mais margem de experimentação.
Isso permite definir linhas de conduta, evitando que tópicos que exigem mudanças na sociedade sejam tratados como assuntos e vice-versa.
É isso, que dizes?
Muito bom! O uso dos esquemas deixou as ideias bem claras. Acrescentaria a importância de um repertório básico de conhecimento de base para a resolução dos problemas.